HOJE NO
"OBSERVADOR"
Estado gastou menos 4300 milhões que
.o aprovado no Orçamento em 2017
O Estado gastou menos 4.300 milhões de euros do que aquilo que tinha disponível por lei no Orçamento do Estado em 2017, permitindo ao Governo mais um registo historicamente baixo no défice.
O Governo conseguiu reduzir o défice (mais uma vez) para um valor
historicamente baixo no ano passado, se retirarmos destas contas a
recapitalização da Caixa Geral de Depósitos que foi incluída no défice
de 2017 pelo Eurostat, e para isso contou com um travão muito
significativo nos gastos do Estado. De acordo com a Conta Geral do
Estado, o Estado não gastou 4.312,5 milhões de euros que estavam
disponíveis no Orçamento.
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O MACHADO DA POUPANÇA |
É um tema que tem causado tensão com o
Bloco de Esquerda e o PCP, que exigem que o Governo cumpra os
compromissos que tem assumidos com o Parlamento. O Governo, por sua vez,
já respondeu mais que uma vez que os compromissos que assumiu com estes
dois partidos estão vertidos nos acordos que sustentam a maioria
parlamentar.
A questão voltou a ser discutida em abril, quando foram conhecidos os
números do défice do ano passado e as novas previsões do Governo para
este ano. Nessa altura, os números mostravam que o Governo tinha poupado
mais 1.252,8 milhões de euros do que aquilo que era suposto, o que
levou a que o défice sem contar com a Caixa ficasse muito aquém do
previsto.
Além deste resultado, muito criticado pelos parceiros à
esquerda — que identificavam várias insuficiências em serviços
fundamentais do Estado, como a saúde — , a nova previsão do Programa de
Estabilidade dava conta de que o Governo pretendia reduzir o défice em
mais 750 milhões de euros que o acordado com o Parlamento, algo que não
caiu bem com os deputados à esquerda.
No entanto, de acordo com a Conta Geral do Estado, o Governo terá ido
muito mais além nas contas do ano passado. A Administração Central
tinha à sua disposição 72.257,1 milhões de euros para gastar (orçamento
final, já corrigido) à luz da lei, mas nas contas finais o resultado
fica muito aquém do que poderia ser gasto. Segundo a Direção-Geral do
Orçamento, ficaram por gastar mais de 4.300 milhões de euros, dos quais
556 milhões de euros ficaram presos por estarem cativos.
Face ao
orçamento final, todos os Ministérios geraram poupanças face aquilo que
legalmente estariam habilitados a gastar. Destaque para o Ministério da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que ficou 642,7 milhões de euros
aquém do que estava orçamentado, e para o Ministério da Saúde, cuja
verba gasta ficou 421,3 milhões de euros aquém do orçamentado.
No
caso do Ministério da Saúde a verba orçamentada ainda foi reforçada face
ao orçamento inicial, em mais de mil milhões de euros, o que faria com o
que valor gasto ficasse acima do orçamento inicial, mas o mesmo não se
aplica à Ciência e Ensino Superior, que mesmo sem os reforços acabaria
por gerar poupanças para as contas do Estado.
Destaque ainda para a
Administração Interna, que em ano de dois dos maiores incêndios de que
há memória em Portugal, terminou o ano com uma poupança de 107,8 milhões
de euros face ao orçamento disponível. O orçamento da Administração
Interna também foi reforçado, mas, mesmo sem este reforço, teria poupado
74 milhões de euros.
Mesmo olhando para o valor do orçamento
inicial, a poupança é significativa. A Administração Central gastou
menos quase 2000 mil milhões de euros do que aquilo que estava
orçamentado inicialmente.
* Esta notícia até parece boa mas é péssima. O Salazar deixou muito ouro nos cofres do Estado e muito analfabeto e miserável no país.
Este governo comporta-se de modo salazarento porque não poupou nada, ao não investir os 4.300 milhões criou fome e pobreza além de que não explica porque deixou prescrever 435 milhões de dívidas ao fisco. Portugal com esta "poupança" continua falido, onde está a obra?
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