HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Ryanair ameaça com despedimentos e redução de frota em resposta às greves
Para a companhia irlandesa esta será a medida a tomar, durante o programa de inverno, para responder às "greves desnecessárias" das "minorias".
O preço do combustível, as tarifas, os
custos com tripulação e os sucessivos conflitos laborais contribuíram
para uma redução de 20% nos lucros Ryanair, anunciados esta
segunda-feira. Mas nem por isso a tensão tende a acalmar. A companhia
irlandesa ameaça agora reduzir a frota e avançar com despedimentos caso
as greves continuem. A mensagem foi deixada na nota de apresentação de
resultados trimestrais.
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“Se estas folgas desnecessárias continuarem
a afetar a confiança dos clientes, dos preços e da rentabilidade em
determinados mercados nacionais, teremos que rever o nosso programa de
inverno, o que poderá levar a reduções de frota em algumas bases (…).
Não podemos permitir que os voos dos nossos clientes sejam
desnecessariamente interrompidos por uma pequena minoria”, lê-se no
comunicado enviado à imprensa.
E são esperadas mais greves no pico do verão. A companhia considera
estas greves “desnecessárias” e sublinha que não está preparada para
“ceder a pedidos que não são razoáveis e colocam em causa as baixas
tarifas e o modelo de negócio altamente eficiente”.
Os controladores aéreos franceses (que a Ryanair diz serem os “piores
infratores), estiveram em greve em 9 de 13 semanas, entre abril e junho,
levando ao cancelamento de milhares de voos. Só em Espanha foram
cancelados 400 voos, o que se estima ter afetado cerca de 75 mil
clientes.
Apesar disso a companhia aérea declarou que cerca de 85% dos
passageiros afetados já tinham a sua situação assegurada.
Os tripulantes de cabine espanhóis, belgas e portugueses continuam a
reivindicar melhores condições de trabalho e vão começar uma greve de
dois dias já esta quarta-feira.
* Moderno esclavagismo.
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