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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Navio-escola Sagres foi ponto de
.encontro.de emigrantes em Boston
.encontro.de emigrantes em Boston
O navio-escola Sagres foi um ponto de
encontro de portugueses esta semana, na cidade americana de Boston, onde
a bordo se juntaram emigrantes de diferentes idades e profissões “para
sentir” um pouco de Portugal.
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Em
Boston celebrou-se por estes dias a “portugalidade”. O Presidente da
República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António
Costa, estiveram na cidade para assinalar o Dia das Comunidades, mas a
“festa de Portugal” continuou no Estado do Massachusetts onde vivem
cerca de um milhão de emigrantes.
A
Sagres foi um dos palcos da festa nacional e foi também escolhida pela
missão empresarial, realizada no âmbito do projeto “Norte – com um pé
dentro…”, para divulgar o turismo e vinhos do Douro e Trás-os-Montes.
A
bordo, durante esta ação de promoção, juntaram-se emigrantes de várias
zonas de Portugal, de diferentes idades e profissões, uns que emigraram
há várias décadas e outros que acabaram de chegar aos Estados Unidos da
América.
O
médico Luís Paixão, 32 anos, está em Boston há menos de um ano. Veio
fazer investigação e vai começar um internato de neurologia na cidade
que considera ser “um dos principais centros de medicina do mundo”.
Natural do Porto, este emigrante disse à agência Lusa que aqui ainda se
vive o “american dream” (sonho americano) e que tem como objetivo fazer
carreira na área da investigação.
“Vim
à Sagres conhecer a comunidade portuguesa e o navio. É uma honra estar
neste navio, é estar em Portugal em Boston”, afirmou.
Fernando Gomes, 54 anos, foi marinheiro e até navegou a bordo da Sagres.
Depois
de acabar a tropa decidiu emigrar. Chegou a Boston com o objetivo de
ficar dois anos, já aqui está há 32 anos e não pensa regressar à terra
natal, em Alcoutim, no Algarve.
Possui
um restaurante “100% português”, em Cambridge, onde confeciona pratos
tradicionais e só vende, também, vinhos nacionais.
“Este
navio é um bocadinho de Portugal em Boston”, salientou Luís Azevedo, de
66 anos, e que já é “a terceira ou quarta vez” que visita a Sagres.
Natural
de Ponte da Barca, chegou há 40 anos à América e hoje possui uma
agência de viagens, que leva muitos americanos para Portugal.
Paulina
Arruda, de 55 anos e natural da ilha da Terceira, nos Açores, está há
23 anos em Boston e é proprietária da WJFD, a maior rádio portuguesa na
América do Norte.
A
transmissão é feita em português, durante 24 horas. “Fala-se de
Portugal todos os dias, mas nos últimos dias, claro, houve uma atenção
especial para o primeiro-ministro e o Presidente da República”, frisou.
Maurício Camilo, comandante do navio-escola Sagres, disse que o veleiro
foi visitado por mais de 5.000 pessoas em Boston, muitos dos quais
portugueses e lusodescendentes.
“É
sempre uma forma de trazer Portugal até às comunidades emigrantes. Aqui
pisam Portugal, veem a bandeira, ouvem o hino, é sempre um momento com
alguma carga emocional”, salientou.
A missão empresarial, que está a ser realizada no âmbito do projeto
“Norte – com um pé dentro…”, é impulsionada pela Associação dos
Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR) e, depois dos
EUA, vai passar por Toronto e Halifax, no Canadá.
* A SAGRES constitui território português, levar Portugal aos emigrantes maioritariamente mal amados pela pátria, é missão primordial.
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