16/06/2018

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ESTA SEMANA NA 
"VISÃO"
Relatório denuncia violações dos 
direitos dos trabalhadores em fábrica 
da Amazon na China

Uma investigação internacional encontrou várias violações dos direitos dos trabalhadores numa fábrica fornecedora da Amazon. O gigante das vendas online garante que já tinha pressionado os responsáveis bem antes da divulgação do novo relatório

A China Labor Watch investigou, com a revista The Observer do britânico The Guardian, as condições de trabalho na fábrica Foxconn, na China, onde são feitos as colunas smart Echo e os leitores Kindle, e concluiu que ali existem múltiplas violações da lei laboral chinesa.
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O relatório da investigação, realizada entre agosto de 2017 e abril de 2018, foi publicada no domingo no site da China Labor Watch e denuncia semanas de trabalho com 60 horas como rotina e a falta de compensação adequada pelas horas suplementares de uma parte significativa dos trabalhadores.

"Os lucros da Amazon são à custa dos trabalhadores que trabalham em condições chocantes e não têm escolha a não ser trabalhar horas extraordinárias excessivas para garantir a subsistência", lê-se no relatório.

A Amazon já fez saber, através do seu porta-voz, que descobriu "dois pontos preocupantes" na fábrica de Hengyang, na sequência de uma auditoria, em março, e "imediatamente solicitou um plano de ação corretivo" para "remediar" os problemas encontrados. Ty Rogers recusou-se no entanto, a adiantar mais pormenores sobre o caso, não dizendo mesmo quais os pontos em causa.

A Foxconn, por seu lado, reagiu em comunicado, dizendo ter conhecimento do relatório e estar a levar a cabo uma "investigação completa". "Se for verdade, serão tomadas ações imediatas para fazer as operações cumprirem o nosso código de conduta", garante.

Entre as denúncias do relatório está o recurso excessivo a trabalhadores temporários, sem direito a baixa nem férias pagas - 40% do total de trabalhadores, quando a lei laboral chinesa estabelece um limite de 10% nas fábricas. As horas extraordinárias estão, por seu lado, concluiu a investigação, a ser pagas como horas normais de trabalho, em vez da hora e meia prevista na lei.

Falta de segurança em caso de incêndio na zona dos dormitórios e de equipamento de proteção e a sujeição dos trabalhadores a "abuso verbal" foram outros dos problemas encontrados.

* Na China tudo pode ser violado, precisa de autorização do partido comunista chinês, é recorrente.Uma vergonha para a Amazon.

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