23/05/2018

.
HOJE NO 
"OBSERVADOR"
Um venezuelano tem que trabalhar 
em média 11 dias para comprar um
 frango. Isto se houver frango

Em 2014, oito em cada dez famílias compravam frango semanalmente na Venezuela. Agora, somente três em cada dez o faz. A inflação fez com que o preço dos alimentos disparasse.

Uma das razões para a baixa afluência (46%) de venezuelanos às urnas nas eleições presidenciais de domingo — e para a crescente perda de confiança da população nas instituições — poderá ser a enorme inflação que assola a Venezuela, o que fez com que o preço de alimentos considerados básicos disparasse a pique. Um exemplo, recorda o El País, é o frango. Em maio de 2017, um venezuelano que recebesse o salário mínimo teria que trabalhar em média sete horas e 24 minutos para adquirir um quilo de frango. Agora, e volvido apenas um ano, o mesmo venezuelano, de salário mínimo, tem que trabalhar 88 horas para o poder adquirir.
 .
Em 2014, oito em cada dez famílias comprava frango semanalmente na Venezuela. Agora, somente três em cada dez o faz.

O aumento do preço dos alimentos é um dos principais indicadores do colapso do sistema económico. É isso que garante ao El País Anna Ayuso, investigadora do Barcelona Center for International Affairs. Ayuso explica que a situação é “nefasta”, acrescentando que a Venezuela está totalmente dependente do exterior para importar alimentos pois a indústria local [a produção por habitante caiu 45%] está “destruída”. Mas não os consegue importar. “Como a Venezuela não tem divisas, que chegavam basicamente do petróleo, suficientes a população não tem o que comer”, concluiu.

Mas como não tem hoje divisas o país com as maiores reservas (um em cada quatro barris) de crude do mundo segundo a OPEC? Anna Ayuso culpa, mais até do que a variação do preço do barril de crude, o presidente Nicolas Maduro pela destruição da economia na Venezuela. “[Maduro] afastou os profissionais venezuelanos e colocou, no lugar destes, amigos em empresas públicas. E o petróleo agora serve para financiar as forças armadas de um regime totalmente mafioso. Quem preside agora à Petróleos da Venezuela [PDVSA] é Manuel Quevedo, um general do exército”, conclui.

* A angústia dum povo a braços com a mão de ferro dum ditador que de maduro só  tem a podridão.

.

Sem comentários: