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IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
21/05/18
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As lideranças e a ética
O comportamento do líder e a forma como se relaciona com a sua equipa e com os "stakeholders" será seguramente replicado por todos e melhorará a imagem de marca de toda e qualquer organização.
Na direção dos negócios, o papel das lideranças é essencial para a
criação e consolidação dum ambiente societário onde impere a ética(1).
Como
sabemos, há vários instrumentos legais e institucionais que visam
prever e estatuir as relações laborais nas organizações empresariais.
Naturalmente,
a existência do diálogo social através da existência do instrumento de
negociação coletiva, conforme o previsto no artigo 2.º do Código do
Trabalho(2), potencia o trabalho digno e boas condições de trabalho. Tal
é, igualmente, promovido pelo regulamento interno de empresa(3),
conforme o previsto no artigo 99.º do Código acima referido. Mais
recentemente com a publicação da Lei n.º 73/2017, de 16 de agosto(4), em
que o legislador pretendeu reforçar o ordenamento jurídico no que à
prevenção da prática de assédio diz respeito, a defesa intransigente dos
direitos humanos ficou novamente plasmada na lei laboral.
No
entanto, sabemos que independentemente da existência de normas
jurídicas e de regras institucionais, a prevaricação e a proliferação no
meio laboral de condutas impróprias advém por vezes da ausência de
referências éticas e deontológicas por parte das lideranças.
Assim,
numa empresa, o líder deverá ser, numa linha contínua no tempo e no
espaço, um referente no que diz respeito ao respeito pelos direitos de
personalidade e pelos princípios e valores que norteiam a vida da
organização.
Mas, de um líder espera-se mais e essa
expetativa germina em primeira instância nas características que imprime
à respetiva conduta e na forma como gere, quer interna quer
externamente, a aplicação das normas e dos costumes que fazem parte da
identidade da organização que lidera.
O comportamento do
líder e a forma como se relaciona com a sua equipa e com os
"stakeholders" será seguramente replicado por todos e melhorará a imagem
de marca de toda e qualquer organização.
Aquilo que se
pede ao líder é que seja leal, justo, equitativo, urbano, use e abuse da
probidade e seja ambicioso ao querer que a sua organização se torne
aquela de que todos quererão fazer parte!
(1)é·ti·ca.
(latim ethica, -ae, do grego ethikê, feminino de ethikós, -ê, -ón, do
grego éthos, -ous, costume, hábito) substantivo feminino. 1. [Filosofia]
Parte da Filosofia que estuda os fundamentos da moral.
2. Conjunto de regras de conduta de um indivíduo ou de um grupo. "ética", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa https://www.priberam.pt/dlpo/%C3%A9tica
(2)Artigo 2.º - Instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho:
1. Os instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho podem ser negociais ou não negociais.
2.
Os instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho negociais são a
convenção coletiva, o acordo de adesão e a decisão arbitral em processo
de arbitragem voluntária.
(3)Artigo 99.º - Regulamento interno de empresa:
1. O empregador pode elaborar regulamento interno de empresa sobreorganização e disciplina do trabalho.
* Administradora do ISG | Instituto Superior de Gestão e do Grupo Ensinus
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
21/05/18
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