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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Já há manifesto público de apoio à recondução de Joana Marques Vidal
Organização quer que a iniciativa não seja conotada com nenhum partido político e pretende chegar "ao maior número de pessoas da sociedade civil." A par da recolha de assinaturas está a ser preparada uma "demonstração pública de apoio" à Procuradora-Geral da República para o dia 16 de junho em vários pontos do país
"Esta é uma iniciativa que emana da
sociedade civil e que se pretende que seja apartidária." Quem o diz é
Paulo Gorjão, organizador do manifesto público que defende a recondução de Joana Marques Vidal
como Procuradora-Geral da República. Militante do PSD desde dezembro e
confesso apoiante de Passos Coelho, Paulo Gorjão conta com uma
verdadeira legião de seguidores no Facebook.
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A capacidade de chegar a um número considerável de pessoas através daquela rede social foi um trunfo desde o primeiro momento. Terá sido, aliás, por isso que muitas pessoas começaram a enviar-lhe mensagens em que pediam "que se fizesse alguma coisa deste género, que traduzisse o apoio de várias pessoas" à atuação da atual PGR, conta à VISÃO.
A ideia começou a ser discutida em círculos mais fechados, com amigos e seguidores. No início, havia apenas "a ideia de se fazer algo." Depois de algum tempo de maturação e de uma consulta cuidada do calendário - decisão do Governo sobre quem será o próximo PGR tem de ser tomada até outubro e "depois do verão já seria tarde demais" -, Paulo Gorjão decidiu avançar com um manifesto dirigido ao Presidente da República, que é quem nomeia o Procurador-Geral da República por indicação do Executivo.
No texto, pode ler-se que "os signatários deste manifesto, sem prejuízo de uma ou outra crítica pontual ao exercício do mandato da senhora procuradora-geral da República, fazem globalmente uma avaliação muito positiva do mesmo." Assim, e porque é uma "altura em que se aproxima o momento da decisão sobre o futuro da procuradora-geral da República", os signatários consideram que se trata de "um imperativo cívico expressar (...) todo o apoio à recondução da senhora procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal".
Este manifesto poderia ser por si só suficiente, mas a organização quis ir mais longe e decidiu promover uma "série de encontros em vários pontos do país." Mais do que manifestações, serão "demonstrações públicas de apoio" onde se procederá "à entrega e recolha de assinaturas." A data escolhida foi o dia 16 de junho. "Já contamos com voluntários em várias cidades do país, como Lisboa, Porto, Coimbra, Guarda ou Viseu", revela o organizador.
A ligação de Paulo Gorjão ao PSD mais passista não deixa de ser relevante para o caso. É sabido que Rui Rio tem uma visão crítica da atuação do Ministério Público e tem mantido o silêncio sobre este tema nos últimos meses. Há quem receie que o presidente do PSD não vá apoiar a recondução de Joana Marques Vidal e quem defenda que acabará por ceder. Enquanto não se pronuncia, são cada vez mais os militantes, deputados e dirigentes sociais-democratas que têm vindo a público defender a recondução de Joana Marques Vidal. Na passada sexta-feira, cinco deputados do PSD - António Leitão Amaro, Duarte Marques, Hugo Soares, Margarida Balseiro Lopes e Miguel Morgado - assinaram um artigo de opinião no Observador onde defendem a renovação do mandato. Ideia que Elina Fraga, vice-presidente de Rui Rio, também defendeu no passado sábado ao Expresso. A consonância dos timings, garante Gorjão, "é mera coincidência". "Não há qualquer ligação a movimentos partidários nem se pretende que haja", afirma.
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A capacidade de chegar a um número considerável de pessoas através daquela rede social foi um trunfo desde o primeiro momento. Terá sido, aliás, por isso que muitas pessoas começaram a enviar-lhe mensagens em que pediam "que se fizesse alguma coisa deste género, que traduzisse o apoio de várias pessoas" à atuação da atual PGR, conta à VISÃO.
A ideia começou a ser discutida em círculos mais fechados, com amigos e seguidores. No início, havia apenas "a ideia de se fazer algo." Depois de algum tempo de maturação e de uma consulta cuidada do calendário - decisão do Governo sobre quem será o próximo PGR tem de ser tomada até outubro e "depois do verão já seria tarde demais" -, Paulo Gorjão decidiu avançar com um manifesto dirigido ao Presidente da República, que é quem nomeia o Procurador-Geral da República por indicação do Executivo.
No texto, pode ler-se que "os signatários deste manifesto, sem prejuízo de uma ou outra crítica pontual ao exercício do mandato da senhora procuradora-geral da República, fazem globalmente uma avaliação muito positiva do mesmo." Assim, e porque é uma "altura em que se aproxima o momento da decisão sobre o futuro da procuradora-geral da República", os signatários consideram que se trata de "um imperativo cívico expressar (...) todo o apoio à recondução da senhora procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal".
Este manifesto poderia ser por si só suficiente, mas a organização quis ir mais longe e decidiu promover uma "série de encontros em vários pontos do país." Mais do que manifestações, serão "demonstrações públicas de apoio" onde se procederá "à entrega e recolha de assinaturas." A data escolhida foi o dia 16 de junho. "Já contamos com voluntários em várias cidades do país, como Lisboa, Porto, Coimbra, Guarda ou Viseu", revela o organizador.
A ligação de Paulo Gorjão ao PSD mais passista não deixa de ser relevante para o caso. É sabido que Rui Rio tem uma visão crítica da atuação do Ministério Público e tem mantido o silêncio sobre este tema nos últimos meses. Há quem receie que o presidente do PSD não vá apoiar a recondução de Joana Marques Vidal e quem defenda que acabará por ceder. Enquanto não se pronuncia, são cada vez mais os militantes, deputados e dirigentes sociais-democratas que têm vindo a público defender a recondução de Joana Marques Vidal. Na passada sexta-feira, cinco deputados do PSD - António Leitão Amaro, Duarte Marques, Hugo Soares, Margarida Balseiro Lopes e Miguel Morgado - assinaram um artigo de opinião no Observador onde defendem a renovação do mandato. Ideia que Elina Fraga, vice-presidente de Rui Rio, também defendeu no passado sábado ao Expresso. A consonância dos timings, garante Gorjão, "é mera coincidência". "Não há qualquer ligação a movimentos partidários nem se pretende que haja", afirma.
* Nós somos pela continuidade de JOANA MARQUES VIDAL no exercício do cargo.
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