HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Ambientalistas pedem demissão
do ministro por autorizar
.prospeção de petróleo
Vários
movimentos ambientalistas concentraram-se, este quinta-feira, junto ao
ministério do Ambiente, em Lisboa para pedir a demissão do ministro João
Matos Fernandes e contestar a prospeção de petróleo na costa de
Aljezur, sem estudo prévio.
O
pedido de demissão do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, foi
expresso numa carta aberta e entregue em mãos ao governante, que reuniu
com os representantes das associações.
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"Encontramo-nos com o senhor ministro com uma posição muito dura. Pedir a demissão de um ministro não é algo que se faça de ânimo muito leve. Eu acho que ele ficou chocado com esta nossa atitude, mas a verdade é que está perdida a confiança", afirmou aos jornalistas a escritora Lídia Jorge, que integra o movimento Futuro Limpo.
"Encontramo-nos com o senhor ministro com uma posição muito dura. Pedir a demissão de um ministro não é algo que se faça de ânimo muito leve. Eu acho que ele ficou chocado com esta nossa atitude, mas a verdade é que está perdida a confiança", afirmou aos jornalistas a escritora Lídia Jorge, que integra o movimento Futuro Limpo.
Na
passada semana, no último dia do prazo previsto, a Agência Portuguesa do
Ambiente (APA) dispensou de estudo de impacto ambiental a prospeção de
petróleo ao largo de Aljezur, no Algarve, pelo consórcio Eni/Galp.
O
presidente da APA, Nuno Lacasta, justificou a decisão referindo que
"não foram identificados impactos negativos significativos" na
realização do furo de prospeção petrolífera.
No
entanto, esta decisão, segundo sublinham os signatários desta carta,
"contraria as recomendações da Assembleia da República, das Associações
de Municípios do Algarve e Alentejo Litoral, autarquias e empresários do
setor do turismo", tratando-se de "um atentando ambiental".
"Toda
esta situação é absolutamente lamentável. Esta decisão ignora tudo
aquilo que foi a consulta pública e que teve uma participação
extraordinária. Consideramos que esta operação de prospeção terá riscos
semelhantes ao de uma operação de exploração", considerou à agência Lusa
Carla Graça da associação Zero.
No entender da ambientalista, o que está em causa é a "promoção de interesses obscuros e pouco claros"
"Não
trazem mais valias ao país. São insignificantes quando comparados com
aquilo que a economia da região, nomeadamente o turismo contribui para o
PIB nacional", argumentou.
O consórcio
liderado pela petrolífera italiana ENI prevê iniciar a pesquisa de
petróleo na bacia do Alentejo entre setembro e outubro, após uma
preparação com uma duração estimada de três meses, segundo o relatório
enviado à APA.
A data de início do
primeiro furo de pesquisa de hidrocarbonetos em Portugal "está estimada
entre o fim do terceiro trimestre e o início do quarto trimestre de 2018
e a duração das atividades de perfuração está estimada em 46 dias
(incluída a mobilização)", segundo o documento.
* Infelizmente o governo tem mais pessoas sem competência para o cargo que exercem.
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