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Também
o secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico), Angel Gurria, reagiu à decisão dos Estados
Unidos da América (EUA) defendendo a "salvaguarda do multilateralismo".
"Devemos salvar o multilateralismo porque este é o único caminho a seguir", advertiu.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"Serão os pobres quem mais sofrerá
.com uma guerra comercial"
Os pobres
serão quem mais sofrerá com uma guerra comercial, disse a diretora-geral
do FMI, Christine Lagarde, reagindo ao anúncio de Washington de
suspender a isenção de taxas na importação do aço e alumínio da UE,
México e Canadá.
"No final, se o
comércio global foi muito prejudicado, se o nível de confiança entre os
agentes económicos foi drasticamente reduzido, os que mais sofrerão
serão os mais pobres", disse Christine Lagarde no primeiro dia da
reunião do 'G7 Finance' em Whistler, Canadá, explicando que são os mais
pobres que compram bens de consumo baratos.
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ABUTRIA |
"Devemos salvar o multilateralismo porque este é o único caminho a seguir", advertiu.
Alemanha
e França estão entre as primeiras vozes europeias que reagiram à
decisão norte-americana, hoje divulgada, de suspender a isenção de taxas
na importação de aço e de alumínio da União Europeia, qualificando a
medida como "ilegal" e "injustificável".
A chanceler alemã, Angela Merkel, que hoje terminou uma visita de dois dias a Portugal, considerou "ilegais" as taxas aduaneiras
sobre o aço e o alumínio decididas pela administração norte-americana
liderada pelo Presidente Donald Trump, advertindo ainda para o risco de
uma escalada.
Do lado de Paris, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Baptiste Lemoyne, qualificou as taxas norte-americanas como "injustificáveis e insustentáveis" e pediu a Bruxelas para responder com medidas preventivas e de "reequilíbrio".
Também o Reino Unido reagiu e declarou estar "profundamente dececionado" com a decisão norte-americana.
"O
Reino Unido e outros países da União Europeia [UE] são aliados próximos
dos Estados Unidos e deviam estar total e permanentemente isentos das
medidas norte-americanas sobre o aço e o alumínio", disse o porta-voz do
Governo britânico.
O presidente do Parlamento Europeu, o italiano Antonio Tajani, manifestou-se "dececionado", referindo que a UE vai responder com "todas as ferramentas" à sua disposição.
Antes, a UE já tinha anunciado que vai
denunciar perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) a decisão
norte-americana de suspender a isenção dos direitos de importação de aço
e alumínio, garantindo igualmente de que irá responder de forma
"proporcional".
"Os Estados Unidos não
nos deixam agora outra escolha que não seja a de recorrer à resolução
de litígios da OMC e à imposição de tarifas adicionais sobre diversas
importações dos EUA. Vamos defender os interesses da União em
total cumprimento da lei comercial internacional", declarou o presidente
da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
O
Departamento do Comércio norte-americano anunciou hoje a suspensão da
isenção dos direitos de importação de aço e alumínio da UE, Canadá e
México, numa decisão que dispara as tensões comerciais e provocará
represálias dos parceiros.
"Decidimos
não estender a exceção para a União Europeia, Canadá e México, pelo que
estarão sujeitos a tarifas de 25% e 10%" na importação de aço e
alumínio", respetivamente, indicou o secretário do Comércio dos EUA,
Wilbur Ross.
* Sábias palavras as da senhora Lagarde, esqueceu-se de dizer que ela própria é uma das principais responsáveis pela produção de pobres a nível mundial, desde que era ministra no governo francês.
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