.
.
HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
80% dos jovens portugueses sentem-se mal quando não estão online
Oito em
cada dez adolescentes portugueses dizem "sentir-se mal" se não estiverem
ligados à internet, uma percentagem só superada pelos franceses e
suecos, segundo dados da OCDE sobre 31 países.
"Entre
os países da OCDE tem havido um aumento do tempo que os estudantes
passam online depois de um dia típico de aulas", sublinha o
estudo agora divulgado que aponta Portugal como tendo um "elevado número
de jovens de 15 anos que reportam sentir-se mal se não estiverem
ligados à Internet".
.
.
Entre os rapazes a
percentagem é de 79,4% e entre as raparigas é de 79,2%, segundo os
dados relativos a 2015, que revelam que as adolescentes portuguesas são
as que mais se ressentem, já que a percentagem de francesas e suecas é
um pouco menor.
Entre os rapazes, mais
de 80% dos suecos e dos franceses ressentem-se quando não estão online.
No final da lista dos 31 países, surgem os jovens alemães, estónios e
eslovacos, que rondam os 40%.
A média
dos países da OCDE analisados ronda os 55%, com as raparigas a
queixarem-se um pouco mais, segundo os dados do relatório que analisa a
aplicação do Programa de Autonomia e Flexibilidade e Curricular (PAFC),
que começou a ser aplicado em Portugal este ano letivo.
O
relatório mostra também que os jovens passam cada vez mais tempo
ligados, quando se comparam os dados de 2012 e 2015: Os jovens
portugueses estavam ligados cerca de 100 minutos e passaram a estar
cerca de 140 minutos, ficando abaixo da média da OCDE e em 9.º lugar dos
que menos tempo passam ligados.
O
relatório aponta ainda o aumento de alunos estrangeiros e lembra a
importância da criação do "Perfil do Aluno", que define o perfil que os
estudantes devem alcançar até ao final da escolaridade obrigatória (12.º
ano).
O relatório considera que o PAFC
"realiza muitos objetivos práticos que estão ligados aos objetivos
estabelecidos pelo perfil do aluno", dando como exemplo o facto de o
PAFC dar autonomia pedagógica às escolas que assim "podem projetar
experiências de aprendizagem que estejam alinhadas com os objetivos do
perfil do aluno".
"Por exemplo, as
escolas podem direcionar lições e práticas para falantes de português
não nativos ou para estudantes em risco de abandono. Assim, o projeto
aborda os principais objetivos da política, como equidade e retenção.
Por se tratar de uma reforma ampla que está aberta a todas as escolas,
também se empenha em apoiar a aprendizagem de alta qualidade para todos -
não apenas as elites", sublinha o relatório, que lembra que uma equipa
da OCDE visitou as escolas envolvidas neste projeto.
O
estudo recorda algumas das medidas que têm sido aplicadas pelo
Ministério da Educação, como o programa nacional de promoção do sucesso
escolar, a estratégia nacional para a cidadania ou o fim dos exames
nacionais do 4.º e 6.º anos.
* Só grandes pais e mães conseguem superar os atractivos da net.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário