HOJE NO
"OBSERVADOR"
Alunos do ISCSP fazem abaixo-assinado contra ida de Passos Coelho
Grupo e alunos do ISCSP fez um abaixo-assinado contra a ida de Passos Coelho para aquela faculdade. Segundo o Jornal de Negócios, contratação do ex-primeiro-ministro é "uma afronta à meritocracia".
Um grupo de alunos do Instituto Superior de Ciências Sociais e
Políticas (ISCSP) fez um abaixo-assinado contra a contratação do
ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho como professor de mestrado e
doutoramento daquela faculdade de Lisboa. Segundo avança o Jornal de Negócios,
que teve acesso ao texto do protesto, os alunos criticam a decisão da
faculdade, dizendo que se trata de “uma afronta à transparência e à
meritocracia, prejudicando os estudantes, o restante corpo docente e, em
última instância, até a própria instituição de ensino”.
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Esta não é
a primeira vez que os alunos do ISCSP protestam contra Passos Coelho.
Foi também ali que, em 2013, o então primeiro-ministro foi recebido com
uma manifestação a pedir a sua demissão, numa altura em que o Governo
estava sob programa de assistência financeira e apertava o cinto da
austeridade. Desta vez o assunto é outro: a questão é o grau de
“professor convidado catedrático” que lhe foi conferido para dar aulas
de Economia e Administração Pública a turmas de mestrado e doutoramento —
com salário equiparado ao de professor catedrático, que é o topo da
carreira docente no ensino universitário.
Segundo o Negócios, os alunos reconhecem a “vasta experiência
prática” de Passos Coelho, mas defendem que “a sua capacidade para
leccionar aulas a discentes com um grau académico superior ao seu é
altamente questionável”. E continuam: “não é plausível que alguém que
nunca leccionou, nunca preparou uma tese na sua vida, nunca trabalhou em
investigação e nunca teve um percurso académico minimamente relevante
seja capaz de preparar alunos de mestrado e doutoramento”.
Tudo
isso, resumem, aliado ao salário de professor catedrático que dizem ser
“obsceno” tendo em conta a formação académica de Passos Coelho, faz com
que considerem que a contratação para aquelas funções é “uma ofensa
grave à meritocracia inerente ao percurso académico normal de um docente
universitário”.
* Os contestatários não têm sorte nenhuma, estes "tachos" são arranjados com muita antecedência e a competência reduz-se a troca de favores.
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