HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Limpeza das florestas do Estado
custa 14 milhões
O Governo vai
investir 14 milhões de euros na limpeza de terrenos florestais e matas
nacionais geridas pelo Instituto de Conservação da Natureza e Floresta
(ICNF), trabalhos que nas zonas consideradas prioritárias devem estar
concluídos até 31 de maio.
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O
Plano de Intervenção nas Matas Públicas e Perímetros Florestais, esta sexta-feira
apresentado pelo ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, inclui
intervenções que estão a decorrer desde dezembro.
As
intervenções vão decorrer sobretudo em zonas de ação prioritária, com
maior risco de incêndio, dentro das áreas sob gestão do ICNF.
Estas
localizam-se sobretudo no Norte e Centro do país e estão distribuídas
por 189 concelhos, representando um total de 1.049 freguesias e de 6.400
aldeias.
Destas, 710 freguesias são consideradas de “prioridade 1” (as de maior risco) e outras 339 de “prioridade 2”.
"É
prioritariamente nestas zonas que estamos a concentrar os nossos
esforços. Nas zonas prioritárias não ficará uma casa por limpar, não
ficará uma aldeia que confinar com património gerido pelo ICNF que não
seja limpa. Em todas as outras áreas iremos tão longe quanto possível,
quanto o esforço, o tempo e os recursos materiais nos permitirem",
afirmou hoje o ministro.
As
zonas prioritárias definidas pelo ICNF são, segundo Capoulas Santos,
zonas "que não arderam ainda” e “não nas zonas que, infelizmente,
arderam no ano passado".
As principais medidas de proteção incidirão na proteção das pessoas, aldeias e casas habitadas junto às zonas do ICNF.
“Tenho
a perceção de que se criou a ideia de que os privados devem limpar até
15 de março e que, a partir daí, a responsabilidade é das autarquias.
Não. Os proprietários têm de continuar a limpar depois de 15 de março. A
partir de 15 de março sujeitam-se é a haver multas e coimas aplicadas.
Mas naturalmente que o esforço de todos deve ir até ao final de maio,
até ao início do verão, que é a zona de maior risco de incêndio. Todos
temos de estar mobilizados depois de 15 de março, inclusivamente os
proprietários”, explicou.
Na
proteção de casas e aglomerados, como áreas agrícolas, jardins e outros
terrenos de floresta e mato junto a edifícios está prevista a limpeza
de 3.001 hectares, tendo já sido executada a limpeza em 1.401 hectares.
O
governo pretende ainda construir 837 quilómetros de novas faixas de
interrupção de combustíveis e fazer a manutenção de 279 quilómetros já
existentes.
Ao
todo, as intervenções têm um custo estimado de 14 milhões de euros,
distribuídas por iniciativas para proteção de casas e aglomerados,
construções de redes, de faixas de interrupção de combustíveis, caminhos
florestais, avisos para áreas de fogo controlado e prioritárias para
queimadas e de áreas geridas com pastoreio.
* Uma alegria, depois da tragédia vêm as soluções com anos de atraso, os 14 milhões não devem corresponder a 1% do valor do território que vai ser limpo.
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