HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Fibroglobal garante ter toda a rede afectada pelos incêndios operacional
A troca de palavras entre operadores nas telecomunicações continua. Agora é a Fibroglobal que garante ter a rede operacional.
As palavras de Miguel Almeida, presidente da Nos, ao Expresso continuam a
motivar reacções. Depois de a Meo ter reagido logo no sábado, agora é a
vez de a Fibroglobal dizer que as declarações do presidente da Nos
foram, em alguns casos, "falsas e caluniosas".
.
E,
por isso, diz que as desmente. "A Fibroglobal tem todos os trabalhos de
reposição da rede afectada pelos incêndios, com impacto nos acessos dos
clientes à rede, finalizados, não existindo quaisquer situações de
indisponibilidade de serviço por esse motivo", realça em comunicado a
empresa gestora de uma rede rural de nova geração.
A empresa
assume que os incêndios "tiveram de facto um impacto significativo na
rede da Fibroglobal", já que foram afectados 32 dos 42 concelhos nos
quais a Fibroglobal tem rede com mais de 620 quilómetros de traçados de
fibra óptica da empresa afectados. O custo de reconstrução foi de cerca
de 1,5 milhões de euros. Mas estão concluídos, segundo afirma a
Fibroglobal, que diz ter uma cobertura de 84 mil lares de residência
habitual.
Miguel
Almeida, ao Expresso, garantiu que grande parte dos clientes que ainda
não têm serviço, depois dos incêndios, são servidos pela rede da
Fibroglobal. "É preciso perceber porque é que estes clientes continuam
sem serviço. Porque grande parte destes locais é servida pela rede da
Fibroglobal, que foi paga com dinheiro públicos e que está a ser usada
de forma privada. O que constitui uma fraude".
Mais tarde em comunicado, e no seguimento de um despique com a Altice,
a Nos reafirmou que "a Fibroglobal é uma fraude, pois foi construída
com dinheiros públicos para servir todo o mercado, à semelhança das
outras redes rurais no Norte e no Sul do País e que são usadas pelos
diversos operadores", considerando que "o caso da Fibroglobal continua
por resolver, havendo apenas um operador que a usa".
A
Fibroglobal diz que estas declarações são falsas, até porque acrescenta
que desde 2016 serve não apenas a Meo, mas também a Nos e a Oni, dizendo
praticar "uma gestão criteriosa dos seus recursos, praticando preços
inferiores aos inicialmente previstos no contrato com o Estado e em
linha com as ofertas publicadas pelo operador DST".
* Esta troca de "mimos" entre altos dirigentes de operadoras só quer dizer quehá muitos milhões em jogo e a disputa é sangrenta.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário