Assédio sexual?
Não. Nunca senti.
Vejo a comunidade feminina de dedo em riste.
Estaremos todas loucas? Estaremos a ser obsessivas, numa tentativa de
aniquilação do homem? Até eu, assumidamente feminista, começo a ficar um
tanto ou quanto preocupada com o tema. Por isso mesmo decidi escrever.
Para limar arestas, apenas e só.
Vejamos:
A culpa era do vestido. Um vestido cor-de-rosa. Cintado. Ligeiramente acima do joelho que deixava adivinhar a natural essência feminina. Era um vestido como o todos os vestidos. Definiam-na como mulher. O problema do é vestido é que lhe tirava a credibilidade. Diziam.
“Depois não te queixes que és importunada”, (leia-se assediada). Pelos vistos, a “importunação” é “um direito vital à liberdade sexual” masculina, como já li em determinados manifestos. Mas desconhecia tal direito. Já me debrucei sobre a constituição e não vejo o artigo em parte alguma. Mas para ser justa, prometo que mais tarde me irei debruçar sobre os cânones do direito. Mas há tantas coisas que desconheço e não entendo que, começo a pensar que será uma limitação minha.
O que nos vale é que tudo isto acontece por este mundo fora, já que por cá não existe assédio, nem por direito nem por decreto. Em Portugal? Terra de machos alfa, latinos? Nem pensar. Eu, por exemplo, nunca sofri de assédio sexual ou moral. É mal que nunca me passou pela porta. Nunca. Nem quando tive de mudar o estilo da indumentária em ambientes profissionais.
Não foi por causa do assédio, nem pensar. A decisão de passar a ir de calças e quase de gola alta, não foi com certeza por causa dos olhares indiscretos e incomodativos. Não. Nesses meios só há gente moralmente recomendável. Também não foi por causa dos comentários e risinhos cúmplices trocados na bancada masculina. Não! O assunto é que teria a sua piada, com certeza, porque de assédio não se tratava.
A distância que colocava na relação profissional foi sendo proporcional ao interesse em apoiar as ideias e os projetos, o que é perfeitamente normal. Há muitas boas causas por aí, não se podem apoiar todas. Por favor, isto não é assédio!
Se pensar bem, recuso “jantares de negócios” em ambientes “românticos”. Coitados dos senhores, só têm a hora de jantar livre. Isto também não é assédio, é habilidade na gestão do tempo. Também não respondo a mensagens constrangedoras às tantas da manhã. A malta tem muitos assuntos para tratar e fazem-no naturalmente pela madrugada dentro e como estão tao cansados já não filtram o que escrevem. Gente trabalhadora. Qual assédio qual quê?
Nós as mulheres que nunca fomos assediadas, somos umas “chicas” cheias de sorte. Nunca tivemos de lidar com o tal “direito de importunação” masculina. Nunca no sentimos desconfortáveis ao ouvir comentários brejeiros; nunca sentimos olhares lascivos; nunca fomos prejudicadas por não permitirmos avanços indesejados; nunca nos sentimos vítimas de abuso de poder; nunca ninguém nos tentou “roubar um beijo” ou passar a mãos no pelo. Nunca.
Nunca tivemos de nos adaptar ou mudar o estilo de vida. Nunca. Nem mesmo quando abrimos o armário e sentimos o mofo pelo desuso de todos os nossos maravilhosos vestidos, nem mesmo aí.
Vejamos:
A culpa era do vestido. Um vestido cor-de-rosa. Cintado. Ligeiramente acima do joelho que deixava adivinhar a natural essência feminina. Era um vestido como o todos os vestidos. Definiam-na como mulher. O problema do é vestido é que lhe tirava a credibilidade. Diziam.
“Depois não te queixes que és importunada”, (leia-se assediada). Pelos vistos, a “importunação” é “um direito vital à liberdade sexual” masculina, como já li em determinados manifestos. Mas desconhecia tal direito. Já me debrucei sobre a constituição e não vejo o artigo em parte alguma. Mas para ser justa, prometo que mais tarde me irei debruçar sobre os cânones do direito. Mas há tantas coisas que desconheço e não entendo que, começo a pensar que será uma limitação minha.
O que nos vale é que tudo isto acontece por este mundo fora, já que por cá não existe assédio, nem por direito nem por decreto. Em Portugal? Terra de machos alfa, latinos? Nem pensar. Eu, por exemplo, nunca sofri de assédio sexual ou moral. É mal que nunca me passou pela porta. Nunca. Nem quando tive de mudar o estilo da indumentária em ambientes profissionais.
Não foi por causa do assédio, nem pensar. A decisão de passar a ir de calças e quase de gola alta, não foi com certeza por causa dos olhares indiscretos e incomodativos. Não. Nesses meios só há gente moralmente recomendável. Também não foi por causa dos comentários e risinhos cúmplices trocados na bancada masculina. Não! O assunto é que teria a sua piada, com certeza, porque de assédio não se tratava.
A distância que colocava na relação profissional foi sendo proporcional ao interesse em apoiar as ideias e os projetos, o que é perfeitamente normal. Há muitas boas causas por aí, não se podem apoiar todas. Por favor, isto não é assédio!
Se pensar bem, recuso “jantares de negócios” em ambientes “românticos”. Coitados dos senhores, só têm a hora de jantar livre. Isto também não é assédio, é habilidade na gestão do tempo. Também não respondo a mensagens constrangedoras às tantas da manhã. A malta tem muitos assuntos para tratar e fazem-no naturalmente pela madrugada dentro e como estão tao cansados já não filtram o que escrevem. Gente trabalhadora. Qual assédio qual quê?
Nós as mulheres que nunca fomos assediadas, somos umas “chicas” cheias de sorte. Nunca tivemos de lidar com o tal “direito de importunação” masculina. Nunca no sentimos desconfortáveis ao ouvir comentários brejeiros; nunca sentimos olhares lascivos; nunca fomos prejudicadas por não permitirmos avanços indesejados; nunca nos sentimos vítimas de abuso de poder; nunca ninguém nos tentou “roubar um beijo” ou passar a mãos no pelo. Nunca.
Nunca tivemos de nos adaptar ou mudar o estilo de vida. Nunca. Nem mesmo quando abrimos o armário e sentimos o mofo pelo desuso de todos os nossos maravilhosos vestidos, nem mesmo aí.
IN "DELAS"
A presidente da associação Leque, de Alfândega da Fé, recebeu a
distinção de Cooperação e Solidariedade António Sérgio, atribuída pela
Cooperativa António Sérgio para a economia social.
Celmira Macedo diz que é uma honra receber este prémio, que considera um reconhecimento do seu percurso. Janeiro/2018
Celmira Macedo diz que é uma honra receber este prémio, que considera um reconhecimento do seu percurso. Janeiro/2018
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