HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
"AÇORIANO ORIENTAL"
Deco defende
criação de um fundo sísmico
A Deco quer que seja criado um sistema
de cobertura das perdas decorrentes de sismos e recomendou aos
consumidores que consultem a apólice de habitação para confirmar se têm
cobertura para os fenómenos sísmicos.
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Fonte vídeo: Smithsonian Channel
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Fonte vídeo: Smithsonian Channel
Em
comunicado divulgado esta quinta-feira, a associação de defesa do consumidor adianta
que enviou um parecer à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões, ao Governo e aos grupos parlamentares no qual defende a
criação de um fundo sísmico perante “o risco real e eminente”.
A
associação lembra que em 2010 foi emitido um parecer junto da
Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões no qual já era
defendido a criação do fundo sísmico.
Na
sequência da crise sísmica ocorrida nos Açores e dos abalos na região
de Évora, a Deco decidiu retomar o assunto, tendo reforçado o pedido
junto da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, do
Governo e dos grupos parlamentares.
Na
nota, a Deco recomenda aos consumidores a consulta do recibo da sua
apólice do multirriscos-habitação, para confirmarem se têm a cobertura
de fenómenos sísmicos e, em caso negativo, solicitar à seguradora a sua
inclusão na próxima renovação.
Sobre
o fundo sísmico, a Deco sugere que as “seguradoras seriam responsáveis
pela regularização de sinistros e pelo pagamento das indemnizações, mas,
em primeiro lugar, seriam utilizados os recursos financeiros do fundo e
só em caso de este se esgotar é que as seguradoras seriam chamadas a
intervir”.
Ao Estado, adianta a Deco, caberia a reconstrução de equipamentos sociais e infraestruturas.
De
acordo com a associação, se ocorrer um sismo com intensidade em
Portugal, muitas casas não estarão protegidas, sobretudo as mais antigas
localizadas em zonas de maior risco.
Segundo
dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), apenas 16% das
habitações estão seguras por apólice com cobertura de fenómenos
sísmicos.
Na
Grande Lisboa, 21% dos imóveis são anteriores à legislação antissísmica,
refere a Deco citando dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e
Fundos de Pensões.
A
Deco faz ainda referência a um estudo apresentado no início do ano
passado sobre sismologia do Instituto de Ciências da Terra da
Universidade de Évora no qual são identificadas as zonas com maior
incidência sísmica em Portugal continental.
Neste
estudo é feito um “alerta ainda para a inadequada capacidade de grande
parte do edificado resistir satisfatoriamente a fortes solicitações
sísmicas, deixando uma parte importante da população portuguesa numa
situação de risco sísmico considerável”.
Centenas
de sismos ocorreram a 12 e 13 de fevereiro na ilha de São Miguel, nos
Açores, e 20 deles foram sentidos pela população, segundo o responsável
regional pela Proteção Civil.
A
15 de janeiro foi registado um sismo de magnitude 4,9 na escala de
Richter, com epicentro em Arraiolos, distrito de Évora, e que foi
sentido de Norte a Sul do país.
* Em Portugal pensa-se na prevenção dos incêndios depois da floresta ardida, nas inundações depois das casas submersas e há~de pensar-se nos terramotos depois de 90% de Lisboa e arredores ruírem.
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