23/02/2018

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HOJE NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Governo chinês assume controlo
 da Anbang, o gigante que quis 
comprar o Novo Banco 

Wu Xiaohui, chairman da empresa, foi formalmente acusado de crimes económicos e será julgado. O governo chinês vai assumir o controlo da empresa durante um ano.

O governo chinês assumiu o controlo do Anbang Insurance Group, o maior grupo segurador do país, esta sexta-feira, e informou que o seu chairman, Wu Xiaohui , foi formalmente acusado de crimes económicos, revela a imprensa internacional.
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Não pertencem ao governo nem mandam na Anbang Insurance, são vítimas da ditadura chinesa
O conglomerado chinês, que esteve na corrida pelo Novo Banco, violou leis e regulações que podem "colocar seriamente em perigo a solvência da empresa", segundo um relatório da China Insurance Regulatory Commission (CIRC).

A procuradoria de Xangai informou ainda que Wu Xiaohui, que foi detido em Junho, está acusado dos crimes de fraude e abuso de posição, e que o seu caso já foi encaminhado para julgamento.

Durante o período em que o governo assumirá o controlo do grupo – um ano, que começa esta sexta-feira – a empresa será gerida por um grupo de responsáveis da CIRC, do banco central e de outros reguladores financeiros e organismos governamentais.

De acordo com a CIRC, este grupo vai levar a cabo uma reestruturação da companhia, que deverá manter o seu normal funcionamento, "protegendo os direitos e interesses dos consumidores e accionistas".

A Reuters destaca que a decisão da China é um "golpe determinante" para o gigante chinês, conhecido globalmente por ter comprado o famoso Waldorf Astoria Hotel, em Nova Iorque.

A medida sem precedentes também evidencia o quão longe o Partido Comunista está disposto a ir para controlar o risco financeiro no país, enviando uma poderosa mensagem aos gigantescos conglomerados chineses, que têm embarcado numa onda de aquisições.

De acordo com a agência noticiosa, não é claro o que terá desencadeado a decisão, ainda que uma fonte do regulador tenha garantido que o governo já está, na prática, a controlar a empresa desde que Wu foi detido, e que o anúncio público estará relacionado com o timing da investigação ao chairman, que estará praticamente completa.

* Não nos esqueçamos que as  empresas públicas portuguesas compradas por capital chinês não foram privatizadas, foram nacionalizadas pela China, com a benção de Passos Coelho, Gaspar e Maria Albuquerque, Paulo Portas e Assunção Cristas.

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