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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Até 10 barragens vão ser dragadas
para armazenarem mais água
Operações irão decorrer até ao final de junho, sem "impactes ambientais", diz Ministro do Ambiente
Até
uma dezena de barragens, principalmente no sul do país, serão dragadas
para aumentar a sua capacidade de armazenar água, ações a decorrer até
fim de junho, afirmou hoje o ministro do Ambiente.
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Até
final de junho, "com impactes ambientais virtualmente nulos", irá
proceder-se à dragagem de fundos de algumas barragens, sobretudo no sul
do país, segundo João Matos Fernandes.
"Imaginamos
que até um máximo de 10 barragens, essencialmente no sul do país,
possam vir a ter essa dragagem de fundos e com isso aumentar a
capacidade de armazenar água dessas barragens", explicou o governante.
No norte, os fundos das barragens são essencialmente de granito e a dragagem de sedimentos não é possível.
Questionado
acerca do investimento necessário para efetuar as dragagens, João Matos
Fernandes referiu que "não é muito expressivo" sobretudo se for dado um
bom destino às areias que vierem a ser dragadas.
O
ministro falava aos jornalistas no final de uma reunião da Comissão
Permanente do Conselho Económico e Social (CES), que reúne
representantes do Governo, das empresas e dos trabalhadores, com
confederações e centrais sindicais, que teve como tema o balanço do
plano de combate à seca.
Para o
responsável pela pasta do Ambiente, "mais do que discutir quais as
potenciais reservas de água que podem estar em cima da mesa" importa
discutir um "verbo essencial" do Acordo de Paris contra as alterações
climáticas que é 'adaptar'.
"Temos
mesmo de adaptar-nos a um tempo com menos água, menores recursos
hídricos e com maior irregularidade da sua distribuição", realçou.
E
todos são chamados a mudar comportamentos, a fazer um esforço para ser
mais eficientes, dos consumidores urbanos aos agricultores. O setor da
agricultura consome 80% do total da água.
Quanto
ao balanço do plano de combate à seca, João Matos Fernandes salientou
que foi concretizado e deu como exemplo o facto de, apesar de a situação
de seca ter sido "sem precedentes" no país, "não faltou a água na
torneira de ninguém".
"Tivemos um plano e cumprimo-lo hierarquizando o que são os usos de água", acrescentou.
"Conseguimos
chegar ao final do ano hidrológico sem faltar a água nas torneiras dos
portugueses e que [fosse possível que] grande parte das culturas
agrícolas que necessitavam de água tivesse sido levadas até ao fim",
insistiu.
No entanto, realçou que é
necessário preparar o pós-abril se, neste ano, na primavera, "não vierem
a acontecer as chuvas que comummente acontecem em abril e maio".
O
ministro do Ambiente reconheceu que é possível fazer melhor no próximo
ano, o que passa por resolver "um problema concreto e pontual num sítio
onde não existe propriamente falta de água que é na região de Viseu".
Nesta
região, o objetivo é "ir mais além" com intervenções que passam por
altear a barragem e iniciar ligações a outras barragens para chegar ao
próximo verão não com o problema completamente resolvido, mas com
melhores condições para enfrentar a ausência de chuva.
Para
melhorar a qualidade das massas de água na origem, o Governo decidiu
analisar todas as licenças de captação e rejeição de efluentes
atribuídas a empresas de vários setores, como recordou o ministro.
Atualmente, estes títulos não têm em conta as épocas do ano, vigoram todos os meses, independentemente do caudal do rio.
João Matos Fernandes defende que as licenças "têm de ser adaptadas à disponibilidade hídrica" existente.
Os
alvos principais da análise, a ser desenvolvida até final de março, são
as empresas que mais consomem água e estão em rios com menores caudais.
* Somos tão perdulários que até água boa para beber mandamos à merda.
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