27/01/2018

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HOJE NO 
"O JORNAL  ECONÓMICO"

1,4 mil milhões lutam contra a precariedade no trabalho

Num mundo cada vez mais desigual, a precariedade e o desemprego continuarão em níveis muito elevados em 2018, avança a Organização Internacional do Trabalho. Nos países desenvolvidos, os sinais são de recuperação.

No mundo havia em 2017 cerca de 192 milhões de pessoas desempregadas, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que situa a taxa de desemprego global em 5,6%.
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Em relação a 2016 verifica-se uma estabilização, o que de acordo com o documento “Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo: Tendências 2018“, agora divulgado, se fica a dever ao forte desempenho dos mercados de trabalho dos países desenvolvidos, onde a recuperação se continuará a fazer sentir em 2018. O documento estima que nestes países, o desemprego caia para níveis anteriores à crise, enquanto no global deverá permanecer em níveis idênticos aos de 2017.

Apesar do desemprego global estar a estabilizar, a precariedade é altíssima em muitas partes do mundo, afirma a OIT. A organização estima que em 2017 cerca de 1,4 mil milhões de trabalhadores tinham empregos vulneráveis ou precários, um número que deverá crescer 35 milhões até 2019. Nos países em desenvolvimento, o emprego vulnerável afeta três em cada quatro trabalhadores.

“Embora o desemprego global tenha estabilizado, o défice de trabalho decente continua a ser generalizado e a economia global ainda não está a criar empregos em número suficiente”, afirmou o diretor-Geral da OIT, Guy Ryder, durante a apresentação do documento.

Na ocasião, o responsável da organização considerou que os países e os empregadores deverão fazer esforços adicionais para melhorar a qualidade dos empregos para os trabalhadores e assegurar que os ganhos do crescimento são distribuídos de forma equitativa.

* Precaridade, o paraíso dos mais ricos do mundo.

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