31/01/2018

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HOJE NO 
"A BOLA"
Nélson Oliveira
 pode herdar bronze de Froome

Chris Froome desmentiu, via Twitter, a notícia avançada na terça-feira por um jornal italiano, de que estaria disposto a aceitar uma suspensão de seis meses pelo controlo adverso com salbutamol na Volta à Espanha. «Esta manhã vi a notícia no ‘Corriere della Sera’ - é completamente falsa!», reagiu o britânico, que se encontra a treinar na África do Sul. 
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Segundo o diário italiano, Froome, a conselho da esposa, Michelle Cound, estaria a considerar aceitar uma suspensão de seis meses por negligência, para evitar ir a julgamento, o que lhe permitiria correr as voltas a Itália e a França, embora falhando a Volta a Andaluzia (14 a 18 de fevereiro), onde tinha prevista presença. Ao que tudo indica, os advogados de defesa teriam desaconselhado o corredor a submeter-se a testes para avaliar uma possível falha multiorgânica dos rins e fígado, que presumivelmente teriam acumulado o salbutamol inalado durante vários dias na Volta à Espanha, face às poucas hipóteses de confirmar os valores que atingiram 2000 ng/ml de salbutamol na urina - o dobro do determinado - e de convencer o departamento de antidopagem da UCI (LADS), podendo as consequências ser bastante prejudiciais e originar sanção de um ou mesmo dois anos de suspensão.

Não surpreende, pois, que começasse a tomar corpo a ‘Aceitação de Consequências - artigo 8.4 do ARD’, na qual a UCI propõe aos atletas, alternativas que vão desde a ilibação total, à suspensão e multa. Daí falar-se que a esposa de Froome, a conselho do advogado, abordasse um mediador para chegar a acordo com a LADS.

Apesar do silêncio da Sky sobre a notícia do jornal italiano, mantendo a equipa intenção de que o britânico inicie época na Volta a Andaluzia, a confirmar-se a suspensão, Chris Froome vê retirada a vitória na Volta à Espanha, que será atribuída a Vincenzo Nibali, bem como a medalha de bronze ganha no crono dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que será entregue ao português Nélson Oliveira.

* Se o bronze acontecer para Nelson Oliveira não será uma medalha feliz mas será justa porque correu limpo.

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