04/12/2017

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HOJE  NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Centeno eleito presidente do Eurogrupo

Foram necessárias duas voltas, mas está decidido: Centeno é o próximo presidente do Eurogrupo. À entrada da reunião, o ministro das Finanças português ainda não tinha assegurado os 10 votos da vitória. A manhã foi marcada por contagem de espingardas e a gafe do ainda presidente a dar a vitória antecipada a Centeno, que se confirmou.

Mário Centeno será presidente do Eurogrupo nos próximos dois anos e meio. A decisão está tomada, após uma votação com duas voltas, e inicia funções a 13 de Janeiro, sucedendo a Jeroen Dijsselbloem.
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Um dos riscos para Mário Centeno era o de não vencer na primeira volta, e os votos dispersos nos outros candidatos se unirem contra si na segunda-volta. À entrada da reunião, o ministro das Finanças português esperava contar com nove votos, metade do total, incluindo das quatro maiores economias da Europa, a que se juntavam Grécia, Chipre, Malta, Finlândia e não ganhou à primeira volta.

Após uma primeira votação, Dana Reizniece-Ozola, a candidata letã retirou a candidatura, e seguiram para uma segunda votação Pierre Gramegna (liberal, luxemburguês) e Peter Kazimir (socialista, eslovaco).

Mário Centeno falhou a eleição à primeira volta, mas na segunda ronda o ministro português das Finanças conseguiu garantir os votos necessários para ser eleito presidente do Eurogrupo.

Segundo as informações que circularam depois de falhada a primeira ronda de votações, Centeno terá conseguido oito votos, ficando a dois do número mágico.

Esta manhã, o Negócios adiantou que o Governo contava como seguros os votos de oito países, como Chipre a juntar-se aos sete votos que vinham já do final da semana passada.

Minutos depois, Mário Centeno falou aos jornalistas à margem da entrada para a reunião do Eurogrupo onde se mostrou confiante mas baixou as expectativas quanto a uma vitória logo à primeira. 

Depois de um compasso de espera, os ministros das Finanças da Zona Euro repetiram a votação. Na corrida estavam já só três candidatos, que se reduziram a dois - o português e o luxemburguês - depois do candidato eslovaco Peter Kazimir ter desistido.

Na quinta-feira, Mário Centeno anunciou formalmente a sua candidatura, tendo garantido que terá uma postura construtiva "crítica às vezes".

Na carta de motivação que enviou para Bruxelas, o ministro das Finanças defendeu que quer um Eurogrupo preparado com planos de políticas alternativas que evitem impasses políticos nos 19 estados-membros.   

* Mérito de Mário Centeno, visão de António Costa que apesar de muito o criticarmos continua a ser o melhor político português da actualidade.

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