HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Centeno eleito presidente do Eurogrupo
Foram necessárias duas voltas, mas está decidido: Centeno é o próximo presidente do Eurogrupo. À entrada da reunião, o ministro das Finanças português ainda não tinha assegurado os 10 votos da vitória. A manhã foi marcada por contagem de espingardas e a gafe do ainda presidente a dar a vitória antecipada a Centeno, que se confirmou.
Mário Centeno será presidente do Eurogrupo nos próximos dois anos e
meio. A decisão está tomada, após uma votação com duas voltas, e inicia
funções a 13 de Janeiro, sucedendo a Jeroen Dijsselbloem.
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Um
dos riscos para Mário Centeno era o de não vencer na primeira volta, e
os votos dispersos nos outros candidatos se unirem contra si na
segunda-volta. À entrada da reunião, o ministro das Finanças português
esperava contar com nove votos, metade do total, incluindo das quatro
maiores economias da Europa, a que se juntavam Grécia, Chipre, Malta,
Finlândia e não ganhou à primeira volta.
Após uma primeira votação, Dana Reizniece-Ozola, a candidata letã retirou a candidatura, e seguiram para uma segunda votação Pierre Gramegna (liberal, luxemburguês) e Peter Kazimir (socialista, eslovaco).
Após uma primeira votação, Dana Reizniece-Ozola, a candidata letã retirou a candidatura, e seguiram para uma segunda votação Pierre Gramegna (liberal, luxemburguês) e Peter Kazimir (socialista, eslovaco).
Mário Centeno falhou a eleição à
primeira volta, mas na segunda ronda o ministro português das Finanças
conseguiu garantir os votos necessários para ser eleito presidente do
Eurogrupo.
Segundo as informações que circularam depois de
falhada a primeira ronda de votações, Centeno terá conseguido oito
votos, ficando a dois do número mágico.
Esta manhã, o Negócios
adiantou que o Governo contava como seguros os votos de oito países,
como Chipre a juntar-se aos sete votos que vinham já do final da semana
passada.
Minutos depois, Mário Centeno falou aos jornalistas à
margem da entrada para a reunião do Eurogrupo onde se mostrou confiante
mas baixou as expectativas quanto a uma vitória logo à primeira.
Depois
de um compasso de espera, os ministros das Finanças da Zona Euro
repetiram a votação. Na corrida estavam já só três candidatos, que se
reduziram a dois - o português e o luxemburguês - depois do candidato
eslovaco Peter Kazimir ter desistido.
Na quinta-feira, Mário
Centeno anunciou formalmente a sua candidatura, tendo garantido que terá
uma postura construtiva "crítica às vezes".
Na carta de
motivação que enviou para Bruxelas, o ministro das Finanças defendeu que
quer um Eurogrupo preparado com planos de políticas alternativas que
evitem impasses políticos nos 19 estados-membros.
* Mérito de Mário Centeno, visão de António Costa que apesar de muito o criticarmos continua a ser o melhor político português da actualidade.
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