27/12/2017

.
HOJE  NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Aldeias ainda sem sinal
 após fogos de outubro

Mais de dois meses depois dos fogos de outubro, são ainda muitos os lugares sem telecomunicações nos concelhos de Oliveira do Hospital, Seia e Gouveia.

Na ausência de resposta, por parte da MEO, muitos optaram por mudar de operadora, para voltar a ter telefone e televisão. Em Torrozelo, Seia, Fernanda Sousa mudou de operadora. Face à ausência de comunicações, a sua mãe, de 86 anos, teve de deixar o conforto do lar e ir para a casa da filha. "Ela não queria, mas nem televisão tem. Como é que eu estava descansada com uma pessoa da idade dela sem telefone", lamenta. 
 .

"É uma falta de respeito", acusa Maria Perpétua Lucas, dona de uma residencial, que sente as quebras. "Esta era uma altura de reservas, muitas feitas pela net. Estou sem internet, telefone fixo e sem telemóvel. Televisão já temos, mas é por satélite", diz, inconformada, a empresária. Sem comunicações na Freguesia de Torrozelo e Folhadosa, as dificuldades são "ao nível do levantamento dos prejuízos do fogo e no preenchimento dos apoios", lamenta o autarca Miguel Sousa, que se sente "isolado e abandonado". 

Tempestade Ana 
Em Alvaiázere, Leiria, cerca de uma dezena de moradores de Pussos estão sem telecomunicações desde a tempestade ‘Ana’. A queda de uma árvore "destruiu a caixa de derivação de sinal", diz António Santos, que contactou a MEO, que não avança data para repor o sinal. 

MEO assume falhas 
A operadora sublinha que estão "800 técnicos, 7 dias por semana, envolvidos na reconstrução de traçados aéreos extensos, onde não existe alternativa". "É reconstruir o que demorou décadas", justifica a MEO. 

Associação de vítimas tem vindo a denunciar situação
A Associação das Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal há muito que tem vindo alertar para esta situação que, na opinião de Luís Lagos, deixa toda a região "ainda mais isolada". O presidente da associação pondera mesmo avançar com uma ação contra a operadora, "que se tem portado muito mal e demonstrado uma total falta de respeito". Luís Lagos lembra que para além dos particulares, são prejudicados também os empresários. 

* A notícia refere apenas a MEO, "NOS" e "VODAFONE" não tinham retransmissores nas zonas afectadas? O fogo só acertou nos postes da MEO ou esta operadora tinha o monopólio operacional regional? Será já o efeito "altice" responsável pela demora dos trabalhos?

.

Sem comentários: