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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Mais jovens a conduzir
com excesso de álcool
Lei mais restritiva para recém-encartados entrou em vigor há quatro anos, mas 8084 foram apanhados pela GNR.
Em
quatro anos, desde que as regras do álcool ficaram mais apertadas para
os condutores jovens e para os profissionais, mais de oito mil (8084)
recém-encartados foram apanhados a conduzir com níveis de álcool no
sangue superiores ao previsto na lei (0,2 g/l).
Todos os meses, a GNR
continua a detetar mais de 100 novos casos e cerca de 10% chegam mesmo a
acusar a taxa-crime (1,2 g/l).
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Até 31
de outubro, foram apanhados pela Guarda 1108 condutores em regime
probatório (com menos de três anos de carta) a conduzir sob o efeito do
álcool, quase tantos como os 1 303 detetados em todo o ano passado e os 1
293 em 2014. E mais do que os 892 apanhados em 2015. Este ano, a média
mensal de jovens infratores é de 110, enquanto no ano passado foi de
108. A diferença é maior recuando a 2015, ano em que uma média de 74
recém-encartados foram intercetados embriagados pela GNR. Já em 2014, a
média mensal rondou os 107.
"Tem
havido uma alteração nos padrões do consumo do álcool entre os jovens",
considera o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP). José
Miguel Trigoso avisa que as estatísticas dos jovens alcoolizados ao
volante são "elevadas" e recorda que, ao contrário do que se verificava
há alguns anos, há hoje um consumo "pontual, mas em grandes quantidades"
por parte das faixas etárias mais baixas. Algo que, em seu
entendimento, justifica a existência de "mais campanhas de sensibilização" direcionadas aos jovens. E uma aplicação da lei mais
eficaz. "A tramitação das multas é demasiado lenta por parte da
Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, o que contribui para que
estes comportamentos se repitam, porque muitas vezes não se traduzem em
punições efetivas", critica o especialista.
Mão pesada
Segundo
a GNR, dos mais de oito mil recém-encartados apanhados a conduzir com
álcool desde o início de 2014, 10% (840) acusaram a taxa-crime. E este
ano já se registaram 191 casos, que se juntam aos 586 em que a taxa de
álcool detetada era igual ou superior a 0,5 g/lt e inferior a 1,2 g/lt.
Estes números serão certamente mais elevados, uma vez que não incluem os
dados das zonas fiscalizadas pela PSP - que disse ao JN não monitorizar
estatisticamente e de forma desagregada este fenómeno.
A
1 de janeiro de 2014, entraram em vigor mais de 60 alterações ao Código
da Estrada. E, pela primeira vez, a legislação portuguesa passou a
prever a coexistência de duas taxas de álcool mínimas diferentes: uma
para os condutores particulares (0,5 g/l) e outra para os profissionais e
os recém-encartados (0,2g/l). O limite máximo de 0,49 gramas de álcool
por litro de sangue para a generalidade dos condutores manteve-se, mas a
mão ficou mais pesada para quem tem carta há menos de três anos e para
os condutores de veículos de socorro, transporte coletivo de crianças e
jovens até 16 anos, de pesados de passageiros, mercadorias e matérias
perigosas, e taxistas.
* Aquilo a que chamam mão pesada mais parece uma luva de pelica, à primeira sopradela com álcool em excesso devia ser um ano sem conduzir, para profissionais ano e meio, segunda sopradela cativação da carta, e preparação para novo exame.
Se um bêbado a conduzir matar alguém o cadáver não ressuscita, o bêbado viverá.
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