HOJE NO
"OBSERVADOR"
Marcelo afirma que acompanha
Opus Dei há décadas e defende
liberdade na educação
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que acompanha há décadas a prelatura do Opus Dei, não tão perto como alguns amigos seus teriam gostado, e defendeu a liberdade na educação.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta
terça-feira que acompanha há décadas a prelatura do Opus Dei, não tão
perto como alguns amigos seus teriam gostado, e defendeu a liberdade na
educação.
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O chefe de Estado deixou estas mensagens na inauguração
das novas instalações do Colégio Mira Rio, em Telheiras, Lisboa, durante
a qual elogiou o antigo presidente do Banco Comercial Português Jorge
Jardim Gonçalves, pelo seu contributo para este projeto educativo, o que
suscitou uma salva de palmas.
Marcelo Rebelo de Sousa declarou que era “uma grande alegria” para si estar presente nesta cerimónia.
“Porque
pessoalmente acompanho o percurso da ‘Obra’ [Opus Dei], e desta obra,
há muitas décadas. Não quis o destino que partilhasse tão intensamente
quanto algumas amigas e alguns amigos meus teriam gostado. Mas tenho, um
pouco por toda a parte, muitas amigas e muitos amigos, parte dos quais
aqui presentes, que continuaram essa caminhada”, declarou.
Estas
palavras foram ouvidas pelo presidente da Junta de Freguesia do Lumiar,
deputado e vice-presidente do grupo parlamentar do PS, Pedro Delgado
Alves, e pelo vigário regional do Opus Dei, monsenhor José Rafael
Espírito Santo, e pelo antigo banqueiro Jorge Jardim Gonçalves.
Na
assistência, composta por pais, alunos e professores dos colégio
feminino Mira Rio e masculino Planalto, estava também o presidente do
Partido Nacional Renovador, José Pinto-Coelho.
Marcelo Rebelo de
Sousa apontou o Colégio Mira Rio como um exemplo de excelência e
considerou “muito justa a recordação” do contributo que Jorge Jardim
Gonçalves e a sua mulher, Assunção Jardim Gonçalves, deram para este
projeto educativo.
Depois, referiu-se à Constituição da República
Portuguesa como “muito aberta e compreensiva”, recorrendo à passagem
bíblica “na casa de meu pai há muitas moradas”.
“Também na
Constituição da República Portuguesa há muitas moradas. E há moradas
públicas, e moradas privadas, e moradas sociais. E há moradas com
inspiração religiosa e outras que não têm. E há moradas com ensino
diferenciado e moradas que o não têm”, prosseguiu.
Segundo o Presidente da República, “essa é uma riqueza da casa democrática portuguesa”.
O
chefe de Estado referiu que terça-feira também visitou uma escola
pública em Vagos. “E agora estou aqui numa escola de iniciativa da
sociedade civil, de inspiração cristã e, como ela própria reconhece,
inspirada pela prelatura do Opus Dei”.
“Parece muito longe, mas é o
mesmo país: Vagos e Lisboa. Somos, na nossa diferença, um só. E essa é a
riqueza da liberdade: a liberdade no ensino, a liberdade na educação, a
liberdade na vivência das pessoas. Não há duas pessoas iguais, não há
duas escolas iguais”, defendeu.
Dirigindo-se às alunas do Mira
Rio, Marcelo Rebelo de Sousa disse-lhes que devem ter consciência de que
são privilegiadas – como ele próprio também foi – pela educação a que
têm acesso e que isso lhes dá obrigações acrescidas.
* Como num pano de qualidade cai uma nódoa sebosa...
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