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O vídeo é o futuro do currículo.
Mais atrativo e dinâmico
Sarah Harmon, diretora da LinkedIn, diz ao DN que, em regra, o conteúdo visual é atualmente mais bem aceite pelos empregadores
A
imagem faz que uma publicação funcione melhor e, por isso, o LinkedIn
acredita que o futuro do currículo profissional é o vídeo, e um
mecanismo para que o vídeo passe a ser parte ativa está a ser
implementado pela empresa. "E uma ferramenta com grande potencial e
muitas pessoas, na maioria jovens, publicam vídeos nos seus perfis do
LinkedIn como forma de exemplificar e sustentar as informações
colocadas", justificou, em declarações ao DN, Sarah Harmon a
diretora-geral da empresa digital para a Península Ibérica.
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"Todo
o conteúdo visual - fotos, gráficos, vídeos - é bem aceite e ajuda a
tornar o perfil mais atrativo. Se em algum momento o vídeo tomará o
lugar de textos é algo que eu não sei precisar no momento", acrescentou a
responsável da rede social que permite a criação de um perfil
profissional e a sua visualização pelos empregadores. O LinkedIn é hoje
uma das maiores plataformas mundiais na internet, criada em 2002, com
mais de 500 milhões de utilizadores registados, dois milhões dos quais
portugueses.
A exposição no espaço
virtual é um passo importante para que as capacidades de um profissional
sejam, nos dias de hoje, reconhecidas e passíveis de ser recrutadas.
A norte -americana explica que a
"diferença entre o real e o virtual é a escala". A rede virtual "oferece
a possibilidade de encontrar e interagir com profissionais que não
conheceríamos no nosso dia-a-dia e que muitas vezes nem estão
fisicamente perto de nós. Também nos dá a possibilidade de expor a nossa
marca profissional, ou seja, experiência, motivações, objetivos. Além
disso, existe um vasto campo de conteúdos sobre mercado, tendências e
indústrias que nos ajuda a ser melhores no que fazemos" afirma Sarah
Harmon.
Dos mais de dois milhões de
utilizadores registados em Portugal, a LinkedIn diz que as "atividades
são variadas", mas resume os setores profissionais mais relevantes ao
grupo dos profissionais serviços de IT, telecomunicações, marketing,
software, consultoria, turismo e recursos humanos como aqueles que mais
perfis ostentam na rede e também os que obtêm maior procura dos
empregadores.
A diretora da empresa
diz, nas respostas por e-mail ao DN, não ter a segmentação por idades em
Portugal, mas já adiantou que a maioria dos profissionais inscritos são
acima dos 30 anos, provavelmente por os mais jovens ainda não
acreditarem que têm já um currículo vasto para o poderem expor. Algo que
Sarah Harmon considera ser errado já que, muitas vezes, as empresas
buscam capacidades e nem sempre a experiência é o mais importante.
Com
um mundo global e uma União Europeia com um mercado único, as barreiras
geográficas tendem a desaparecer no futuro profissional, embora a
nacionalidade ainda seja um fator. "A nacionalidade importa se o
trabalho exigir idioma ou conhecimento dos hábitos e tradições locais.
Mas pensando na relação entre candidato e empresas, o que mais importa
hoje é que as duas partes partilhem os mesmos valores. As empresas não
recrutam mais apenas considerando as habilidades técnicas dos
candidatos, mas sim analisando comportamento e interesses para que a
combinação seja a melhor possível", assegura Sarah Harmon.
O
que o LinkedIn oferece aos empregadores é ainda mais vasto."Do ponto de
vista das empresas, existem vários tipos de pesquisas e informações que
podem obter pelo LinkedIn. Uma empresa que quer abrir uma filial numa
outra cidade, por exemplo, pode avaliar se existem talentos disponíveis
naquele lugar ou se teria de fazer um esforço para atrair pessoas de
outras cidades ou países. Também pode estimular que os seus funcionários
mantenham os perfis atualizados e completos para usá-los como forma de
avaliar habilidades e possibilidades de movimentação interna. Através da
Company Page, a empresa desenvolve e fortalece a sua marca empregadora,
usando a sua cultura organizacional para atrair candidatos."
E
entra então o vídeo como a forma que o LinkedIn diz ser a mais
interessante do ponto de vista dos candidatos. "O produto tende a ficar
cada vez mais amigável e interativo, trazendo proativamente informações
sobre conteúdo e vagas que possam interessar às pessoas e sugerindo
conexões para expandir a rede de contactos."
Mas
a rede LinkedIn será sempre uma das partes do circuito. "O contacto
pessoal ainda é parte fundamental do processo, exatamente porque precisa
de haver uma forte conexão entre comportamento e cultura." Para ajudar a
chegar lá, conclui Sarah Harmon, "o LinkedIn é a grande fonte de dados
que ajuda na tomada de decisões e é uma ferramenta que facilita
imensamente a busca e análise de perfis".
* É a evolução lógica da modernização dos métodos.
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