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Ciência revela o segredo do desejo sexual
Na verdade, é um segredo que se desdobra em múltiplos detalhes que vão determinar, a um nível inconsciente, a vontade de termos (ou não) sexo com outras pessoas. E a vontade de elas fazerem o mesmo connosco, bem entendido.
São tantos os porquês, quando se fala em desejo sexual, que daria um
tratado tentar responder a todos eles. Porque queremos tanto ter sexo
com algumas pessoas e nenhum contacto físico com outras? Onde começa, de
facto, a atração sexual? E em relação a nós próprios: porque somos tão
apetecíveis aos olhos de uns e tão pouco aos olhos de outros?
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O DEBATE |
Talvez porque no amor haja mesmo razões que a razão desconhece, a avaliar pelas conclusões de uma pesquisa do neurocientista e futurista norte-americano Eric Haseltine, publicada na revista Psychology Today.
Por isso, e porque todos temos um lado primitivo bastante forte, mais
vale perceber como funciona este mecanismo para não comprometer a
qualidade (e a durabilidade) das relações amorosas.
«Os franceses usam a expressão je ne sais quoi (literalmente
“um não sei quê”) para descrever aquele toque de mistério que faz com
que uma pessoa em particular seja sexualmente atrativa», explica o
especialista.
Na prática, ainda que possamos saber o tipo de parceiro que
preferimos, desconhecemos quase sempre os motivos dessa escolha
inconsciente, mesmo tratando-se de uma questão vital para a
sobrevivência da espécie. Mas uma coisa é certa: o cheiro é determinante
nessa escolha
E não, o neurocientista não sugere que nos ponhamos a cheirar as
axilas (ou qualquer outra parte odorífera do corpo, já agora) de uma
pessoa que acabámos de conhecer: provavelmente, só isso já cortaria o
desejo sexual do mais afoito.
O que não significa que não devamos ficar atentos ao que nos diz a
intuição, alerta Haseltine. Se por acaso o cheiro dessa nova conquista
evocar o de um ex com quem a relação anterior descambou, o mais certo é
tratar-se de um aviso de que estamos a sentir-nos atraídos pela pessoa
errada.
* Por vezes teoriza-se demais quando o que se deve fazer é pegar no "assunto" com ambas as mãos e debatê-lo.
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