HOJE NO
"OBSERVADOR"
Governo diz que mantém escolha de
.Seixas da Costa
para o Conselho Geral Independente da RTP
.Seixas da Costa
para o Conselho Geral Independente da RTP
O Governo reafirmou esta sexta-feira a intenção de indigitar o
embaixador Seixas da Costa para o Conselho Geral Independente da RTP,
após o parecer da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).
“O
Governo reafirma o seu propósito de indigitar o Embaixador Francisco
Seixas da Costa, a quem reconhece todas as qualidades pessoais e
profissionais para desempenhar o cargo de membro do Conselho Geral
Independente da RTP, sempre em defesa do interesse público”, lê-se no
comunicado do Ministério da Cultura.
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A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) informou,
na quinta-feira, não ter chegado a consenso sobre a indigitação do
diplomata Seixas da Costa para integrar o CGI da RTP devido a
incompatibilidades com estatutos.
No artigo número 10 desses
estatutos lê-se que “não podem ser membros do CGI membros em funções dos
demais órgãos sociais da sociedade”, nem “personalidades que exerçam
funções que estejam em conflito de interesses com o exercício de funções
no conselho geral independente, entendendo-se como tal que do exercício
dessas funções possa resultar prejuízo ou benefício, direto ou
indireto, para a pessoa em causa ou interesses que represente”.
No
comunicado divulgado esta sexta-feira, o gabinete do Ministro da
Cultura esclarece que a deliberação da ERC tem “natureza não
vinculativa” e considera que esta “não se pronuncia” sobre o regime de
incompatibilidades, por não ter chegado a consenso. Mais, diz o gabinete
do ministro Castro Mendes, “da deliberação não resulta, portanto,
nenhuma incompatibilidade que afete o Embaixador Francisco Seixas da
Costa para as funções que lhe são confiadas”.
O ministério cita
ainda a declaração de voto do presidente da ERC, Carlos Magno, que
considerou que o embaixador Seixas da Costa tem “o perfil público
perfeito” para o cargo. Quanto à crítica de Carlos Magno ao parecer
negativo dado anteriormente ao crítico de cinema e jornalista João Lopes
em 2014, o ministério da Cultura entende que “são duas situações
distintas”.
João Lopes é jornalista profissional, exercendo a sua atividade de forma regular. Seixas da Costa é Embaixador, colaborador pontual da Comunicação Social, não fazendo desta atividade a sua ocupação profissional”, justifica o ministério.
Em
9 de junho, o CGI realizou o sorteio para a saída de três membros, ou
seja metade, conforme o que consta na lei, que terminam o seu mandato em
11 de setembro.
Ana Lourenço (indigitada pelo Governo), Manuel
Silva Pinto (Conselho de Opinião) e Álvaro Dâmaso (cooptado) são os
membros que terminam o mandato este mês, sendo que se mantêm no cargo
António Feijó, até agora presidente do órgão, Simonetta Luz Afonso e
Diogo Lucena.
O CGI é composto por seis membros, um presidente e
cinco vogais, e o seu mandato tem duração de seis anos, sendo que a lei
n.º 39/2014 previa que, decorridos três anos do primeiro mandato, seria
efetuado um sorteio para aferir quais os três membros cujo mandato
caducava e quais os três que o cumpriam até ao fim, o que aconteceu em
junho para que houvesse tempo para indigitar os novos membros. Dos três
lugares que têm de ser substituídos, um é indigitado pelo Governo, outro
pelo Conselho de Opinião da RTP e o terceiro cooptado.
Licenciado
em Ciências Sociais e Políticas, pela Universidade Técnica de Lisboa,
foi diplomata português, entre 1975 e 2013. É, desde 2013, administrador
não-executivo da Jerónimo Martins, membro do conselho estratégico da
Mota-Engil e, desde 2014, administrador não-executivo da Mota-Engil
Africa. Desempenha também funções como administrador e membro da
Comissão de Nomeações e Retribuições da EDP Renováveis, desde 2016, e é
consultor da Fundação Calouste Gulbenkian.
* Seixas da Costa é um homem sério.
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