HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
ONU recomenda que nos Censos
de 2021 seja pedida a raça
A Constituição portuguesa não permite que se pergunte a raça nem a religião nos Censos Nacionais mas se o Tribunal Constitucional não impedir, Portugal saberá a partir de 2021 o número de portugueses de diferentes raças que habitam seu território.
A notícia avançada pelo El País, indica que em função de diversos
protestos de ONGs, o Comité das Nações Unidas para a Eliminação da
Discriminação Racial advertiu em várias ocasiões que Portugal deve
incluir dados estatísticos sobre minorias étnicas para poder analisar a
forma que “os direitos económicos, sociais e culturais se refletem”
nesses grupos.
.
O jornal indica ainda um trabalho do Centro de Pesquisas e
Estudos de Sociologia assinado por Cristina Roldão, onde refere que
atualmente os afrodescendentes portugueses são duas vezes mais
desempregados que um português branco e fracassam no dobro na escola,
estão três vezes mais em profissões subalternas, recebem 18% a menos e
vão 15 vezes mais para a prisão.
Para uma maior informação sobre a demografia portuguesa e acabar
com a ignorância, o Governo português está decidido a incluir no próximo
censo, o de 2021, perguntas sobre raça; para isso, pensa como
ultrapassar a previsível inconstitucionalidade com a voluntariedade das
respostas.
“Em princípio os campos contemplarão a possibilidade de marcar a raça
africana e a cigana. Enquanto os segundos estão instalados em Portugal
há séculos, os portugueses de ascendência africana chegaram em massa
devido à independência de suas colónias em 1975,
principalmente Moçambique e Angola na África, apesar de também haver
portugueses descendentes de Goa e Macau”, escreve o El País.
* Uma alteração positiva para o próximo censos
.
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