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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Donald Trump corta fundos
a grupo anti neonazi
O Presidente norte-americano cortou o financiamento público de uma das poucas organizações dedicadas a combater grupos que defendem a supremacia branca
A Life After Hate
(vida depois do ódio), uma organização norte-americana sem fins
lucrativos, foi criada em 2011 por ex-skinheads, ex- neo-nazis e
ex-membros de outros grupos de extrema-direita que defendem a supremacia
branca, como o Ku Klux Klan.
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Através das histórias pessoais dos fundadores, procuram alertar os
jovens atraídos pela violência racista e dão apoio a quem deseja sair
destas organizações extremistas.
É, segundo a Newsweek,
uma das poucas instituições que combatem a extrema-direita racista e foi
por essa razão que, nos últimos dias do seu mandato, o Presidente
Barack Obama lhes concedeu um financiamento público de cerca de 357 mil
euros.
Mas, na passada sexta-feira, o apoio federal foi retirado, segundo anunciou o Departamento de Segurança Nacional.
"Estamos
desapontados que o Departamento de Segurança Nacional tenha quebrado a
sua promessa para connosco ao alterar as regras do fundo depois de o já
termos ganho. Mas é mais alarmante que esta administração se recuse a
reconhecer que os extremistas nacionalistas brancos são uma grande
ameaça terrorista nacional", disse um dos fundadores, Christian
Picciolini à Associated Press.
73% dos ataques terroristas nos EUA são da extrema-direita
A
Administração de Donald Trump concedeu financiamento público a várias
organizações que combatem o extremismo islâmico, mas não deu nem um
dólar a instituição que façam o mesmo mas com grupos de extrema-direita.
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O
nome do programa de financiamento poderá mesmo mudar de nome do actual
Combate ao Extremismo Violento para Combate ao Extremismo Islâmico.
Recorde-se
que Donald Trump recebeu apoio durante a campanha presidencial de
organizações da extrema-direita nacionalista. Um dos seus principais
conselheiros não-oficiais, Steve Bannon, foi fundador do canal de
notícias de extrema-direita, Breitbart.
E, no início deste mês, um
homem militante do extremismo branco matou duas pessoas num comboio em
Portland que tentavam defender uma adolescente muçulmana dos seus
insultos. Mais: segundo o Government Accountability Office, um
departamento do Congresso norte-americano que avalia a política do
governo, 73 por cento dos ataques terroristas mortais nos Estados
Unidos, desde o 11 de Setembro, foram cometidos peça extrema-direita.
* Se não fosse escandaloso Trump assumir-se-ia nazi.
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