HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Justiça arresta herdade
de Henrique Granadeiro
O Observador noticia que os interrogatórios feitos a Ricardo Salgado e ao próprio ex-líder da PT estão na origem da decisão de arrestar a Herdade do Vale do Rico Homem, propriedade de uma empresa detida por Henrique Granadeiro.
A justiça portuguesa determinou o arresto da Herdade
do Vale do Rico Homem, propriedade de uma empresa que é detida
maioritariamente por Henrique Granadeiro, ex-CEO e antigo chairman da
PT, que detém várias explorações no sector vinícola.
.
A
notícia avançada esta segunda-feira, 27 de Março, pelo jornal
Observador refere que a decisão de arrestar a herdade dedicada à
produção de um vinho homónimo da quinta foi tomada na sequência dos
interrogatórios recentemente levados a cabo a Ricardo Salgado, ex-líder
do BES, e do próprio Henrique Granadeiro.
Nessas
diligências feitas pelas autoridades judiciárias no âmbito da Operação
Marquês, Salgado e Granadeiro terem explicado que a Espírito Santo (ES)
Enterprises (conhecida como o saco azul do GES) havia adquirido parte da
sociedade detentora da herdade em questão.
O
Observador recorda ter já noticiado que Ricardo Salgado enquadrou a
transferência, entre 2007 e 2012, de cerca de 25,7 milhões de euros pela
ES Enterprises para uma conta bancária detida por Granadeiro na Suíça
com o apoio prestado pelo antigo líder da PT ao GES na área da produção
agrícola e com a compra de uma parcela de 30% da empresa detentora da
Herdade do Vale do Rico Homem, no caso a Margar.
Ainda
segundo aquele jornal online, as respostas dadas em 18 de Janeiro ao
procurador Rosário Teixeira, Ricardo Salgado, que foi então constituído
arguido na Operação Marquês, foram depois confirmadas por Granadeiro
que, por sua vez, seria depois constituído arguido na operação em que o
ex-primeiro-ministro José Sócrates está também indiciado pela prática
dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fuga ao fisco.
Com o arresto da Herdade
do Vale do Rico Homem, situada no concelho de Évora e detém mais de 800
hectares, o Ministério Público procura salvaguardar o
pagamento de eventuais indemnizações a que venham a ser condenados os
antigos gestores do BES e do GES, prática já seguida em arrestos feitos a
Salgado e outros membros do clã Espírito Santo.
Esta segunda-feira o Correio da Manhã (CM) já havia noticiado que Henrique Granadeiro colocou em Portugal seis dos cerca de 25 milhões de euros
que terá recebido da ES Enterprises, dados que constam, segundo o
jornal, de uma nota informativa do Ministério Público que os
procuradores que investigam a operação Marquês enviaram para a
Procuradoria-Geral da República, pedindo o adiamento do prazo para a
dedução da acusação.
Ainda segundo o CM, seguir o rasto deste dinheiro terá sido uma das razões invocadas pelo DCIAP junto da PGR para o alargamento do prazo para a dedução da acusação. No passado dia 17 de Março, a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, aceitou que deverá haver uma "prorrogação do prazo concedido para a conclusão da investigação e da redacção do despacho final", embora não tenha sido determinado uma data-limite para a formalização da acusação ou eventual arquivamento.
Ainda segundo o CM, seguir o rasto deste dinheiro terá sido uma das razões invocadas pelo DCIAP junto da PGR para o alargamento do prazo para a dedução da acusação. No passado dia 17 de Março, a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, aceitou que deverá haver uma "prorrogação do prazo concedido para a conclusão da investigação e da redacção do despacho final", embora não tenha sido determinado uma data-limite para a formalização da acusação ou eventual arquivamento.
* Um processo nauseabundo por causa da "gente fina é outra merda"
.
Sem comentários:
Enviar um comentário