04/03/2017

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ESTA SEMANA 
NA  "GERINGONÇA"

Após 9 dias de silêncio, Passos reconhece erro de Núncio mas não retira conclusões

Nove dias. Foram precisos nove dias para o líder do PSD voltar a ter agenda pública após rebentar a polémica dos offshores. Por coincidência, Passos volta a falar no dia em que o Diário de Notícias dá conta da estranheza de Rui Rio por Passos permitir que o PSD seja arrastado para este caso.
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NÃO HÁ INSUBSTITUÍVEIS
Mas a declaração de hoje não parece esclarecer totalmente a posição do líder do PSD. Passos Coelho assume ter havido um erro de Núncio na ocultação da informação relativa a offshores mas é omisso quanto à responsabilidade de Maria Luís Albuquerque, perante quem Núncio respondia, e omissa também quanto à responsabilidade do próprio Pedro Passos Coelho.

Fica também por esclarecer se Paulo Núncio mentiu a Passos Coelho, dado que foi noticiado que os dois teriam falado logo após a divulgação do caso. Fica também por esclarecer se Passos mantém a confiança política na sua vice-presidente, uma vez que mesmo que não se coloque a situação de conivência, no limite colocar-se-á a questão da competência de Maria Luís Albuquerque para acompanhar semelhante tema.

Assim, na sua declaração, o líder do PSD limitou-se a reiterar que o PSD apresentará uma proposta para publicitação automática com a qual não havia concordado há poucos meses. Passos afirmou ainda que “quanto mais conhecemos o assunto mais percebemos a pouca gravidade das matérias quando comparadas com as acusações”, declaração que causa tanto mais surpresa quanto a Procuradora-Geral da República confirmou hoje estar a recolher elementos que constituam indícios para o início de um processo.

* Estará a declarar-se inimputável?

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