ESTA SEMANA
NA
"GERINGONÇA"
Após 9 dias de silêncio, Passos reconhece erro de Núncio mas não retira conclusões
Nove dias. Foram precisos nove dias para o líder do PSD voltar a ter agenda pública após rebentar a polémica dos offshores. Por coincidência, Passos volta a falar no dia em que o Diário de Notícias dá conta da estranheza de Rui Rio por Passos permitir que o PSD seja arrastado para este caso.
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Mas a declaração de hoje não parece esclarecer totalmente a
posição do líder do PSD. Passos Coelho assume ter havido um erro de
Núncio na ocultação da informação relativa a offshores mas é
omisso quanto à responsabilidade de Maria Luís Albuquerque, perante quem
Núncio respondia, e omissa também quanto à responsabilidade do próprio
Pedro Passos Coelho.
NÃO HÁ INSUBSTITUÍVEIS |
Fica também por esclarecer se Paulo Núncio mentiu a Passos Coelho, dado que foi noticiado que os dois teriam falado logo após a divulgação do caso.
Fica também por esclarecer se Passos mantém a confiança política na sua
vice-presidente, uma vez que mesmo que não se coloque a situação de
conivência, no limite colocar-se-á a questão da competência de Maria
Luís Albuquerque para acompanhar semelhante tema.
Assim, na sua declaração, o líder do PSD limitou-se a
reiterar que o PSD apresentará uma proposta para publicitação automática
com a qual não havia concordado há poucos meses. Passos afirmou ainda
que “quanto mais conhecemos o assunto mais percebemos a pouca gravidade
das matérias quando comparadas com as acusações”, declaração que causa
tanto mais surpresa quanto a Procuradora-Geral da República confirmou
hoje estar a recolher elementos que constituam indícios para o início de
um processo.
* Estará a declarar-se inimputável?
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