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"OBSERVADOR"
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O cibercriminoso mais perigoso
do mundo pode ser o trunfo da Rússia
do mundo pode ser o trunfo da Rússia
É um dos cibercriminosos mais perigosos do mundo. Mikhailovich Bogachev pode ter interferido nas eleições dos EUA e a Rússia pode estar a aproveitar-se. A recompensa é de 3 milhões de euros.
Um dos últimos serviços prestados pela administração Obama foi a
publicação da lista dos cibercriminosos mais perigosos do mundo. Um
deles é Mikhailovich Bogachev, um russo de 33 anos.
A recompensa do FBI,
no valor de três milhões de euros, é a maior alguma vez oferecida neste
tipo de crimes.
Espionagem e acesso a informação confidencial não
foram razões suficientes para um valor tão elevado. Muito menos o facto
de Bogachev ter sido o criador de um vírus Cavalo de Tróia. Mais do que
isto, o russo pode ter interferido nas presidenciais dos Estados Unidos
e a Rússia pode estar a aproveitar as habilidades do hacker.
Apesar dos vários crimes que Bogachev foi acumulando ao longo dos
anos, foi a sua aptidão em aceder a informações e documentos
confidenciais que preocupou o governo norte-americano e fez do jovem
russo um dos cibercriminosos mais perigosos do mundo. Segundo
o The New York Times, os Estados Unidos não só estão a par da
espionagem cometida por Bogachev como acreditam que o hacker pode ter
influenciado diretamente as eleições presidenciais norte-americanas.
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As
espionagem de Bogachev vai além de documentos confidenciais. Os ataques
cibernéticos cometidos levaram a que o russo passasse a ter controlo
sobre milhões de computadores espalhados por todo o mundo e, assim,
acesso toda a informação confidencial, documentos privados relativos a
propostas de negócios e até fotografias pessoais. Alguns desses
computadores pertenciam a funcionários do governo e diretores de
empresas.
Bogachev, o trunfo russo
A partir
de informações do The New York Times, o governo Russo apercebeu-se que a
espionagem de Bogachev podia ser uma mais-valia. Um arquivo compilado
pelo Ministério do Interior da Ucrânia, que presta auxílio na busca de
Bogachev, afirma que o jovem russo “trabalha sob a supervisão de uma
unidade especial do FSB”, a principal agência de inteligência Russo.
Bogachev
não é um alvo mas um trunfo da Rússia. Aliás, o país é um dos
obstáculos na captura do cibercriminoso. É que a Rússia não têm um
Tratado de Extradição com os Estados Unidos pelo que não é obrigada a
entregar um condenado ou suspeito que estiver em seu território. Neste
caso, as autoridades russas nem sequer reconhecem motivos para prender
Bogachev. Daí que a busca se torne mais difícil, principalmente quando
as autoridades norte-americanas acreditam que Mikhailovich está a viver
em Anapa, uma cidade russa.
O próprio comportamento de Bogachev e a
forma como procede na sua atividade impedem que este seja detetado. Nos
ataques cibernéticos a bancos, o russo desviava grandes quantidades de
dinheiro, divididas em parcelas e posteriormente depositadas em vários
pontos do mundo, por via de intermediários. Estes métodos complexos
tornam impossível seguir o seu rasto mas permitem calcular a quantia
obtida pelo hacker nos crimes cometidos.
Mikhailovich Bogachev viu
nos cibercrimes uma forma de se tornar milionário. É proprietário de
mais de uma dezena de casas por toda a Europa, uma alargada quantidade
de veículos e leva uma vida de luxo.
* Nunca se sabe se o Trump não o contratará para a Casa Branca.
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