HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
António Costa enaltece papel de Carlos Lopes na afirmação de Portugal no Mundo
Primeiro Ministro recorda alegria dada pelo campeão olímpico de 1976
O primeiro-ministro discursava perante o antigo atleta, durante a
reabertura do pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, 14 anos após ter
encerrado por falta de condições de segurança. Durante a cerimónia,
António Costa salientou que o campeão olímpico "foi quem deu a primeira
grande alegria da capacidade de Portugal e dos portugueses triunfarem e
se afirmarem no mundo". "Provavelmente, sem a força do seu nome, este
pavilhão não estava agora devolvido à cidade e ao país", advogou.
MEDALHAS
Ouro
Los Angeles 1984
Maratona
Prata
Montreal 1976
10000 m
Campeonatos Mundiais de Corta-Mato
Ouro
Chepstow 1976
Individual
Ouro
East Rutherford 1984
Individual
Ouro
Lisboa 1985
Individual
Prata
Düsseldorf 1977
Individual
Prata
Gateshead 1983
Individual
Lembrando
os feitos de Carlos Lopes, o primeiro-ministro apontou que,
independentemente das medalhas de ouro que o antigo atleta alcançou
durante a sua carreira, "a medalha de maior orgulho" é a medalha de
prata que alcançou nos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976. "Essa foi a
primeira vez que nós vimos numa grande competição internacional subir a
bandeira nacional ao mastro, e essa é uma alegria inesquecível para
toda a minha geração", considerou.
A reinauguração acontece no
dia em que se assinala o 70.º aniversário do ex-atleta e campeão
olímpico Carlos Lopes, que correu pelo Sporting e venceu provas como o
Campeonato do Mundo de Corta-mato (1976 e 1984), a Corrida de São
Silvestre de São Paulo, Brasil (1982 e 1984) e a maratona de Roterdão,
Holanda (1985).
Ali estará, inclusive, patente uma exposição
permanente sobre Carlos Lopes, composta por 300 peças por si cedidas,
como troféus, medalhas e roupa desportiva, e por elementos multimédia
como vídeos (que serão projetados) e uma cronologia.
A reabertura
do espaço contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de
Lisboa, Fernando Medina, do presidente adjunto da Associação Turismo de
Lisboa (ATL), Jorge Ponce Leão, da presidente da Assembleia Municipal e
deputada, Helena Roseta, dos vereadores do executivo, presidentes de
Juntas de Freguesia, e ainda figuras do desporto nacional.
Tomando
a palavra, o presidente da Câmara considerou que este "é
indiscutivelmente um dia especial" para Lisboa, pois o pavilhão é uma
"marca profunda no imaginário da cidade".
"Este pavilhão está reconstruído para servir o futuro da cidade", acrescentou o autarca.
Por
seu turno, Carlos Lopes, que recebeu a chave do espaço das mãos de
António Costa e Fernando Medina, observou que "é uma enorme satisfação
ver esta cara lavada ao fim de 70 anos".
Criado na década de 1920, o pavilhão fechou em 2003 e esteve vários anos ao abandono.
Os
trabalhos de requalificação, que incluíram a preservação de alguns
traços históricos (como azulejos e elementos decorativos), a
modernização da sala principal, a criação de infraestruturas de apoio, o
arranjo da envolvente e a criação de novos acessos custaram oito
milhões de euros e duraram cerca de um ano.
À semelhança do que aconteceu no passado, o espaço será usado para iniciativas culturais, comerciais, desportivas e outras.
* Carlos Lopes não foi campeão olímpico em 1976, há que haver rigor jornalístico.
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