HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Há mais cinco arguidos
nos inquéritos ao BES e GES
Ricardo Salgado era um dos primeiros seis
arguidos do processo Universo Espírito Santo. Agora, o número aumentou e
são já 11 os visados. Há um novo crime a ser investigado: infidelidade.
O número de inquéritos autónomos passou de cinco para sete.
O
número de arguidos no processo Universo Espírito Santo, que investiga o
que se passou no GES e no BES, aumentou desde o último balanço, feito
em Julho do ano passado. Agora, há 11 visados e não seis como naquela
data.
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"Nestas investigações, dirigidas pelo Ministério Público
(Departamento Central de Investigação e Acção Penal), até à data, foram
constituídos, onze arguidos, nove pessoas singulares e duas colectivas",
assinala um comunicado enviado às redacções pela Procuradoria-Geral da
República. Não são identificados os visados.
Além de Ricardo Salgado, os primeiros nomes constituídos arguidos
neste processo foram Isabel Almeida, antiga directora das finanças do
BES, António Soares, que trabalhava na BES-Vida, José Castella,
responsável pelas finanças do GES, e ainda Pedro Luís Costa e Cláudia
Boal de Faria, antigos directores do BES.
Depois de Julho, mais precisamente em Outubro, foi confirmado que
Amílcar Morais Pires, que era o administrador financeiro do banco e
braço-direito de Ricardo Salgado, também estava no leque de arguidos mas a sua confirmação não constava, ainda, de nenhum comunicado da PGR.
Mais um crime: infidelidade
"Em causa estão suspeitas da prática de crimes burla qualificada,
falsificação de documento, falsidade informática, fraude fiscal,
infidelidade, abuso de confiança, branqueamento e corrupção no sector
privado", indica o documento enviado pela Procuradoria-Geral da
República.
No último balanço feito, em Julho de 2015,
havia seis arguidos e as suspeitas eram de prática de sete tipos de
crimes. Neste momento, há a suspeita de um novo crime a juntar à lista:
"infidelidade".
"Quem, tendo-lhe sido confiado, por lei ou por acto jurídico, o
encargo de dispor de interesses patrimoniais alheios ou de os
administrar ou fiscalizar, causar a esses interesses, intencionalmente e
com grave violação dos deveres que lhe incumbem, prejuízo patrimonial
importante é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de
multa", indica o Código Penal.
O comunicado da PGR é feito depois de se terem realizado buscas a
"três domicílios, a um escritório de advogado e às instalações de quatro
sociedades, localizadas em Lisboa, Porto e Torres Vedras". Não são
especificadas as empresas nem o escritório em causa.
Mais dois inquéritos
O leque de inquéritos autónomos que está a ser tratado no processo
Universo Espírito Santo, todos em segredo de justiça, passou de cinco
para sete desde Julho do ano passado.
Da mesma forma, o número de inquéritos apensos a esses sete autónomos
disparou de 73 para 220. "Estes inquéritos apensos respeitam a queixas
apresentadas por pessoas que se consideram lesadas pela actividade
desenvolvida pelo BES e pelo GES", indica o comunicado.
Uma equipa especial, sete magistrados e ainda mais seis
Nesta investigação, o Ministério Público está a ser coadjuvado por
uma equipa especial constituída por seis entidades: os reguladores Banco
de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ainda a
Autoridade Tributária a que se acrescem a Polícia Judiciária e a Polícia
de Segurança Pública; o núcleo de assessoria técnica da PGR também faz
parte da equipa especial.
Da mesma forma, são sete os magistrados do DCIAP responsáveis pelo processo havendo ainda uma "equipa multidisciplinar de seis magistrados de outras jurisdições, sendo que esta intervém apenas em questões específicas relacionadas, designadamente, com o arresto de bens/recuperação de activos, questões cíveis e de insolvência".
* São mais que as mães.
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