30/09/2016

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HOJE NO 
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Dez cooperativas vendem eletricidade 
a preços competitivos

Em Paredes subsistem, desde 1933, duas cooperativas elétricas. Ao longo de mais de 80 anos, a Cooperativa de Eletrificação de Rebordosa (CELER) e a Cooperativa Eletrificação de Lordelo (LORD) criaram redes de distribuição de energia, responderam eficazmente às avarias e mantiveram preços competitivos de eletricidades para os seus cooperantes e clientes.

E conseguem ainda investir milhões de euros no desenvolvimento das terras onde estão sediadas, nomeadamente Rebordosa e Lordelo. Sim, milhões de euros, porque estas cooperativas elétricas (às quais se juntam a Casa do Povo de Valongo do Vouga, em Águeda, e a Junta de Freguesia de Cortes do Meio, na Covilhã) não visam o lucro e canalizam todo o dinheiro excedente para projetos de cariz social, cultural ou desportivo.
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A LORD
"Todos os anos transferimos 200 mil euros para a Fundação", refere Francisco Leal, presidente da Cooperativa de Eletrificação A LORD, que é a principal financiadora de uma fundação com o mesmo nome. Criada em 1933, a LORD ficou com a concessão para a distribuição de eletricidade na freguesia de Lordelo, em Paredes e, com o dinheiro de 36 fundadores, construiu uma rede que levou energia às casas e fábricas de uma localidade que é um dos ícones da Rota dos Móveis.

Resistiram ao "canto da sereia"
Ao longo da sua história, passou por dificuldades financeiras, mas nem assim os seus responsáveis se deixaram encantar pelo "canto da sereia" da EDP e, atualmente, apresenta um volume de negócios a rondar os 3,5 milhões de euros anuais, proveniente de 4441 clientes. "A nossa grande vantagem é a proximidade aos clientes, que sabem onde podem dirigir-se. Depois, o nosso compromisso é que o preço seja sempre o mais barato possível e o nosso cliente paga menos do que os de outras empresas", garante Francisco Leal.

O dirigente salienta outras vantagens: "Pagamos os impostos em Paredes e os nossos lucros são investidos na cidade de Lordelo, que seria completamente diferente sem a intervenção de A LORD". A inauguração de um museu, avaliado em 600 mil euros, e a construção de um relvado sintético para o clube da terra são apenas alguns dos exemplos mais recentes.

"Apoiamos as coletividades"
Na freguesia vizinha, Rebordosa, o cenário é em tudo semelhante. 
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A CELER

A CELER nasceu no mesmo ano e com os mesmos objetivos e, 83 anos depois, granjeou sucesso idêntico com um volume de negócios de 3,7 milhões de euros. "Empregamos gente de cá, fazemos negócio com fornecedores locais e apoiamos as nossas coletividades", destaca Manuel Moreira, presidente da Cooperativa de Eletrificação de Rebordosa. O avultado investimento no complexo desportivo do Rebordosa Atlético Clube e a doação do terreno onde foi construído o novo centro de saúde são exemplos da política seguida.

"E resolvemos o problema dos nossos clientes em poucas horas", assegura o responsável.
"Nunca falha a luz e, se for preciso, até durante a noite vêm arranjar uma avaria. Também a iluminação pública é muito boa, o que torna as ruas mais seguras", confirma Manuel Pinheiro, habitante de Rebordosa.

* Fantástico, o Portugal desconhecido é um espanto.

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