O treino em altitude
nos desportos coletivos
Tradicionalmente, atletas de «endurance» recorrem
ao treino em altitude realizado, preferencialmente acima dos 2200m, para
melhorar a sua performance. Rosa Mota, por exemplo, passava largas
temporadas nos anos 80 em locais como a Serra Nevada ou Boulder,
procurando dificultar ao organismo a utilização de oxigénio pelas suas
células musculares.
O princípio biológico do treino subjacente é que quando a pressão de oxigénio é menor, a passagem do oxigénio dos pulmões para o sangue e deste para os músculos fica dificultada, obrigando o organismo a produzir glóbulos vermelhos em quantidade adicional (elementos sanguíneos responsáveis pelo transporte de oxigénio).
Esta premissa é suportada por evidência científica que demonstra que após períodos de 3-4 semanas de treino em altitude existe um aumento na quantidade de glóbulos vermelhos, refletindo-se em melhorias no desempenho em esforços de longa duração. Apesar de existir a necessidade de monitorizar cuidadosamente a carga de treino e a resposta assumir um cariz adaptativo individual, o treino em altitude é uma prática bastante utilizada entre os desportistas de elite que procuram melhorar a sua performance em esforços deste tipo.
Mais recentemente, os treinadores têm utilizado câmaras hipobáricas nas quais os atletas pernoitam e/ou treinam em condições de hipóxia (menos oxigénio). Recentemente, este método tem sido aplicado também nos desportos coletivos, nos quais o tipo de esforço é predominantemente intermitente, alternando períodos de esforço intensos com períodos de intensidade moderada.
No futebol, por exemplo, os jogadores de campo percorrem entre 10 a 12 Km por jogo, podendo realizar até 10% desta distância em sprint, com estes períodos de esforço a ocorrem a cada 70 segundos; no rugby, os atletas permanecem 45% do tempo de jogo em alta intensidade e com frequências cardíacas acima de 85% do máximo.
A evidência científica recente demonstra que 8 sessões de treino apenas, com sprints de 30 segundos e recuperação incompleta em hipoxia, são suficientes para induzir alterações musculares específicas de situações de jogo em desportos coletivos. A utilização deste método de treino foi apanágio de várias seleções de rugby na respetiva preparação para o recente Campeonato do Mundo, e são vários os clubes que na Premier League já possuem instalações próprias para a aplicação deste método, realçando-se a importância que o conhecimento científico tem na modelação das práticas de treino no desporto.
O princípio biológico do treino subjacente é que quando a pressão de oxigénio é menor, a passagem do oxigénio dos pulmões para o sangue e deste para os músculos fica dificultada, obrigando o organismo a produzir glóbulos vermelhos em quantidade adicional (elementos sanguíneos responsáveis pelo transporte de oxigénio).
Esta premissa é suportada por evidência científica que demonstra que após períodos de 3-4 semanas de treino em altitude existe um aumento na quantidade de glóbulos vermelhos, refletindo-se em melhorias no desempenho em esforços de longa duração. Apesar de existir a necessidade de monitorizar cuidadosamente a carga de treino e a resposta assumir um cariz adaptativo individual, o treino em altitude é uma prática bastante utilizada entre os desportistas de elite que procuram melhorar a sua performance em esforços deste tipo.
Mais recentemente, os treinadores têm utilizado câmaras hipobáricas nas quais os atletas pernoitam e/ou treinam em condições de hipóxia (menos oxigénio). Recentemente, este método tem sido aplicado também nos desportos coletivos, nos quais o tipo de esforço é predominantemente intermitente, alternando períodos de esforço intensos com períodos de intensidade moderada.
No futebol, por exemplo, os jogadores de campo percorrem entre 10 a 12 Km por jogo, podendo realizar até 10% desta distância em sprint, com estes períodos de esforço a ocorrem a cada 70 segundos; no rugby, os atletas permanecem 45% do tempo de jogo em alta intensidade e com frequências cardíacas acima de 85% do máximo.
A evidência científica recente demonstra que 8 sessões de treino apenas, com sprints de 30 segundos e recuperação incompleta em hipoxia, são suficientes para induzir alterações musculares específicas de situações de jogo em desportos coletivos. A utilização deste método de treino foi apanágio de várias seleções de rugby na respetiva preparação para o recente Campeonato do Mundo, e são vários os clubes que na Premier League já possuem instalações próprias para a aplicação deste método, realçando-se a importância que o conhecimento científico tem na modelação das práticas de treino no desporto.
* Professora e Investigadora de Desporto da Universidade Europeia
IN "A BOLA"
28/06/16
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