HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Alunos julgados por três mortes
Juíza valida acusação e
responsabiliza os universitários.
"Se a estrutura caiu por causas naturais, o fiscal da câmara teria de responder por isso. Mas não é o caso. A causa do colapso da estrutura é a carga exercida pelos arguidos [estudantes]".
A explicação da juíza de instrução criminal foi dada minutos antes de validar a acusação do Ministério Público e anunciar que vai levar a julgamento os universitários, que responsabiliza pela morte dos três caloiros, em abril de 2014, nos festejos de uma "guerra de cursos". As famílias das vítimas discordam e querem recorrer.
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Apesar de admitir que o desaparecimento do processo físico acabou por beneficiar o fiscal e um engenheiro da Câmara de Braga, além do responsável de uma empresa de condomínios , que saem ilibados, a juíza não tem dúvidas de que "era evidente que não era uma estrutura para se saltar para cima. Se não percecionaram, deveriam tê-lo feito porque era notório o fim a que se destinava a estrutura e que só estava preparada para aguentar o próprio peso".
Os quatro estudantes ouviram em silêncio a explicação e a decisão de responderem por homicídio negligente.
A advogada de defesa não quis prestar declarações. Já João Noronha de Carvalho, advogado das famílias das vítimas, garante que "as famílias não irão descansar enquanto não puserem no banco dos réus a câmara e o condomínio". Três dos alunos foram já pronunciados, enquanto outro colega aguarda a decisão de um recurso que entregou, mas na prática deverá sentar-se também no banco dos réus.
* No nosso básico entendimento a atitude da juíza não tem discussão, embora sem a mínima intenção dos alunos arguidos houve três que morreram.
Mas também no nosso básico entendimento ficamos inquietos quando outros tribunais entregam filhas a um pai violento e irresponsável, penalizam ligeiramente violadores ou nunca mais resolvem em definitivo a sentença do ex-vice reitor do seminário do Fundão já condenado, a viver no bem bom sob a protecção abençoada do bispo da Guarda.
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