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"CORREIO DA MANHÃ"
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Alcoolismo afeta 50 mil em Portugal
Em 2014 cerca de 300 mil consumiram álcool acima da média.
"Cheguei ao fundo do poço". A frase é de Luís mas também podia ser de Inês ou de António (nomes fictícios) e de tantos outros alcoólicos que reconheceram o problema e estão em recuperação.
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"Esta é uma doença estúpida, porque não tem um interruptor. A pessoa não consegue parar de beber", explica o psiquiatra Domingos Neto. "É uma doença genética, embora agravada por fatores ambientais", explica. E continua: "Digamos que a escolha de ir para os copos é determinada pela genética".
A história familiar é relevante. O risco é mais elevado quando existem familiares próximos com problemas relacionados com o álcool. De acordo com o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, em 2014 (últimos dados) havia mais de 50 mil alcoólicos em Portugal e 300 mil consumiam álcool acima da média.
O consumo exagerado aumenta o risco de doença hepática, de problemas digestivos, cardíacos e oculares. É também responsável por complicações neurológicas, por vários tipos de cancro e por alterações na função sexual.
O doente alcoólico raramente se considera alcoólico. "Se bebe 10 litros, diz que bebe dois", diz o médico.
Alcoólicos Anónimos ajudam profissionais
Os Alcoólicos Anónimos (AA) têm como missão promover sessões públicas de esclarecimento sobre o funcionamento dos AA a profissionais como bombeiros ou assistentes sociais. Todas as semanas há 180 reuniões
Os membros dos AA escolhem não beber e interajudam-se. Só no continente há 80 grupos de AA. Por semana, realizam-se uma média de 180 reuniões. Há reuniões abertas à família e amigos.
* Alcoolismo é uma tragédia nacional.
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