HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Em vez de três boletins de voto,
os cidadãos devem receber quatro
já em Outubro de 2017, diz Costa
No âmbito dos planos de descentralização de
competências, o primeiro-ministro quer avançar já em 2017 com a eleição
directa da presidência das áreas metropolitanas. Se assim for, nas
próximas autárquicas os eleitores não deverão receber três, mas quatro
boletins de voto.
Na cerimónia de
inauguração do metro da Reboleira, o primeiro-ministro voltou a um tema
introduzido em Janeiro pelo ministro-adjunto Eduardo Cabrita, e que
passa pela eleição directa das presidências das áreas metropolitanas.
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Neste evento, António Costa garantiu aos presentes que "por mudar de
funções" não mudou a maneira de pensar. Neste sentido, defendeu que é a
quem "está perto das pessoas e dos problemas" que cabe gerir o
território.
"O Estado tem de deixar de fazer aquilo que os municípios e as áreas
metropolitanas têm melhores condições de fazer", disse em defesa da
descentralização de competência, reforçando, neste âmbito, a "aposta de
confiança" do Executivo no poder local.
O tema na ordem do dia era a mobilidade urbana, mas António Costa
aproveitou a oportunidade para fazer uma ponte para o novo modelo de
eleição da presidência das áreas metropolitanas defendida pelo Executivo
e que deseja ver implementada já em Outubro de 2017, nas próximas
eleições autárquicas.
"Chegou também o momento de darmos outro passo em frente, que desde
1989 muitos de nós aguardam: É que quando em Outubro de 2017 os cidadãos
da área metropolitana se dirigirem às assembleias de voto não recebam
três boletins, mas quatro: para a Assembleia de Freguesia, para a
Assembleia Municipal, para a Câmara Municipal, e agora também para a
eleição do presidente da área metropolitana, que, de uma vez por todas,
tem de passar a ser eleito directamente pelos cidadãos, para que a
responsabilidade e a legitimidade democrática estejam à altura das novas
responsabilidades que a área metropolitana tem de ter na gestão deste
território", defendeu.
A ideia não é nova, e foi apresentada pela primeira vez em Janeiro
deste ano pelo ministro-adjunto Eduardo Cabrita. Ao longo deste ano o
Governo irá preparar o terreno em termos técnicos e legislativos para
implementar a medida.
Para António Costa, a descentralização de competências é uma parte
fundamental da modernização do Estado. "A melhor forma de homenagear o
poder local é dar um novo salto qualitativo na descentralização de
competências", concluiu.
* E quais são as competências do presidente da área metroplitana, o que pode decidir que um presidente da câmara não possa?
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