HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Comissão Banif vai combater "travão" do
. Banco de Portugal aos seus trabalhos
Os deputados contestam a postura do regulador e
de outras entidades que se recusam a enviar documentação para a
comissão de inquérito. E prometem agir, estando na posse de um parecer
da PGR que enuncia os seus poderes.
.
SUSERANO COSTA |
Foram quase unânimes as críticas dos deputados da comissão parlamentar de inquérito ao Banif
à recusa do Banco de Portugal em disponibilizar os documentos
solicitados, incluindo o relatório feito pela Boston Consulting Group
(BCG) que faz uma avaliação interna ao trabalho do regulador na
resolução do BES.
"[Trata-se] de um regulador que constantemente tenta não fornecer informação. Condenamos essa atitude", avançou o centrista João Almeida na reunião da comissão desta terça-feira, 22 de Março, depois da nova líder do CDS, Assunção Cristas, ter tentado promover a alteração da forma de nomeação do governador.
"O Banco de Portugal está sistematicamente a travar os pedidos da comissão de inquérito que toda a gente percebe que são relevantes para os nossos trabalhos", indicou a bloquista Mariana Mortágua
"É lamentável que uma das entidades que deveria contribuir mais do que outras para o esclarecimento dos factos e descoberta da verdade acabe por funcionar como um biombo", continuou o comunista Miguel Tiago.
O PS e o PSD, pelas vozes de Filipe Neto Brandão e Carlos Abreu Amorim, também consideraram que é importante agir para impedir que as entidades, como o Banco de Portugal, pudessem não entregar a documentação solicitada. Ambos defendem que, com base num parecer da Procuradoria-Geral da República que sublinha os poderes parajudiciais das comissões de inquérito (entregue no âmbito da comissão de inquérito ao BES), deve actuar-se junto das entidades para obter a documentação.
Finpro e E&Y entre as entidades que não colaboram
O Banco de Portugal – que se recusa a entregar o documento que já tinha rejeitado disponibilizar integralmente na comissão de inquérito ao BES – não é o único que não está a responder aos pedidos da comissão. "Há entidades que não colocam problema nenhum, outras que dizem que não dispõem do que se lhes pede, outras que chamam a atenção para o sigilo profissional a que estejam vinculadas", enumerou o presidente da comissão António Filipe.
A Finpro, uma empresa em falência que se consubstanciava numa parceria entre a CGD, o Banif e Américo Amorim, não disponibilizou os documentos solicitados pelo Bloco de Esquerda porque considera que não se inserem no âmbito dos trabalhos da comissão. "Não cabe às entidades a quem requeremos informação interpretar os âmbitos da comissão", atacou Mariana Mortágua.
A auditora Ernst & Young (E&Y) também alegou o segredo profissional para não enviar a documentação pedida.
Esta quarta-feira, 23 de Março, os deputados voltam a reunir, num encontro da mesa da comissão e dos coordenadores de cada partido, para decidir, "caso-a-caso", o que fazer para responder às recusas das entidades.
* Portugal dos feudos, estaremos na Idade Média?
"[Trata-se] de um regulador que constantemente tenta não fornecer informação. Condenamos essa atitude", avançou o centrista João Almeida na reunião da comissão desta terça-feira, 22 de Março, depois da nova líder do CDS, Assunção Cristas, ter tentado promover a alteração da forma de nomeação do governador.
"O Banco de Portugal está sistematicamente a travar os pedidos da comissão de inquérito que toda a gente percebe que são relevantes para os nossos trabalhos", indicou a bloquista Mariana Mortágua
"É lamentável que uma das entidades que deveria contribuir mais do que outras para o esclarecimento dos factos e descoberta da verdade acabe por funcionar como um biombo", continuou o comunista Miguel Tiago.
O PS e o PSD, pelas vozes de Filipe Neto Brandão e Carlos Abreu Amorim, também consideraram que é importante agir para impedir que as entidades, como o Banco de Portugal, pudessem não entregar a documentação solicitada. Ambos defendem que, com base num parecer da Procuradoria-Geral da República que sublinha os poderes parajudiciais das comissões de inquérito (entregue no âmbito da comissão de inquérito ao BES), deve actuar-se junto das entidades para obter a documentação.
Finpro e E&Y entre as entidades que não colaboram
O Banco de Portugal – que se recusa a entregar o documento que já tinha rejeitado disponibilizar integralmente na comissão de inquérito ao BES – não é o único que não está a responder aos pedidos da comissão. "Há entidades que não colocam problema nenhum, outras que dizem que não dispõem do que se lhes pede, outras que chamam a atenção para o sigilo profissional a que estejam vinculadas", enumerou o presidente da comissão António Filipe.
A Finpro, uma empresa em falência que se consubstanciava numa parceria entre a CGD, o Banif e Américo Amorim, não disponibilizou os documentos solicitados pelo Bloco de Esquerda porque considera que não se inserem no âmbito dos trabalhos da comissão. "Não cabe às entidades a quem requeremos informação interpretar os âmbitos da comissão", atacou Mariana Mortágua.
A auditora Ernst & Young (E&Y) também alegou o segredo profissional para não enviar a documentação pedida.
Esta quarta-feira, 23 de Março, os deputados voltam a reunir, num encontro da mesa da comissão e dos coordenadores de cada partido, para decidir, "caso-a-caso", o que fazer para responder às recusas das entidades.
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