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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Novo Banco.
BE insiste em conflito de interesses no
. contrato com Sérgio Monteiro
Mariana Mortágua acusa Banco de Portugal e Sérgio Monteiro de "falta de pudor político" e volta a pedir explicações sobre o alegado conflito de interesses na venda do Novo Banco.
O BE volta a questionar o alegado conflito de interesses na
contratação de Sérgio Monteiro para a venda do Novo Banco. Em artigo de
opinião “Curiosas coincidências“, publicado
esta terça-feira no Jornal de Notícias, a deputada Mariana Mortágua
insiste no pedido de explicações ao Banco de Portugal e a Monteiro sobre
a escolha do ex-secretário de Estado, a razão de ser do seu salário e o
facto de manter vínculo à administração da Caixa Geral de Depósitos,
que é credora do Fundo de Resolução que vai vender o Novo Banco.
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“Os lugares numa administração não são cativos“,
ou seja, Monteiro teria que ser novamente nomeado administrador da
Caixa, ou então voltaria a esta instituição apenas como diretor “cujo
salário mensal não chega decerto a 25 mil euros”, afirma Mortágua. E,
tendo cargo de administrador, Mortágua sugere que Monteiro explique “como pode dirigir a privatização do Novo Banco“,
dado o conflito de interesses. Este era um dos pontos que o BE referia
no requerimento que enviou ao Banco de Portugal, bem como a ausência do
contrato da Base de Contratos Públicos online.
O cargo de administrador da Caixa – Bi é a justificação que o Banco de Portugal (BdP) apresenta para os 304.800 euros
que Sérgio Monteiro vai receber ao longo de 12 meses: “o dr. Sérgio
Monteiro mantém o vínculo à sua entidade laboral, o Caixa – Banco de
Investimento, SA, integrante do Grupo Caixa Geral de Depósitos. Desta
forma, o contrato de prestação de serviços, que terá a duração de 12
meses, prevê que o dr. Sérgio Monteiro tenha direito a uma remuneração
igual à que auferia na Caixa – Banco de Investimento”, antes do cargo de
secretário de Estado do Governo PSD/CDS.
“Mas, se Monteiro tem
estatuto de administrador da Caixa para justificar o salário milionário,
então deve explicar como pode dirigir a privatização do Novo Banco, uma
vez que a Caixa é credora do Fundo de Resolução que é acionista do Novo
Banco. É difícil não identificar um conflito de interesses, certo?“, questiona.
Mariana Mortágua refere que somente depois do requerimento do Bloco de Esquerda, feito a 11 de dezembro, é que o BdP realizou o contrato com Sérgio Monteiro, uma vez que este é datado de 18 de dezembro. Isto quando o Banco de Portugal anunciou
a contratação do ex-secretário de Estado a 29 de outubro. Mortágua
afirma, por isso, que até 18 de dezembro o “o vínculo de Sérgio Monteiro
era apenas informal”.
“Se não houvesse pressão pública, não sabemos quanto mais tempo teria passado até ser assinado um contrato. Também não sabemos a razão deste caríssimo ajuste direto, não só pelo montante, mas sobretudo pela completa falta de pudor político“, acusa a deputada.
Já a publicação do contrato na Base de Contratos Públicos online só ocorreu a 31 de dezembro.
* Já tínhamos denunciado esta situação logo que surgiu a notícia, não com tanta informação como refere a peça mas pelo insólito da nomeação.
O homem pode não ser inteligente mas esperto é e dá-nos a comer a palhinha toda.
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