04/01/2015

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393.
Senso d'hoje
   
ANTÓNIO CAPUCHO
  EX-MILITANTE DO PSD
EXPULSO EM 2014
  SOBRE O FUTURO


Eu entrei em rota de colisão com o PSD muito antes de ser expulso, nas sequelas da eleição de Pedro Passos Coelho. Inicialmente, até lhe dei o benefício da dúvida, até me disponibilizei para trabalhar com ele e fiz campanha eleitoral junto dele. A partir dessa rota de colisão, constato e tenho uma fortíssima convicção de que o pior que pode acontecer ao país é o Pedro Passos Coelho ganhar as próximas eleições. Tudo farei para que ele não as ganhe.

Prevalece em Cavaco Silva o sentido de conservadorismo, o não criar perturbações tendo em conta a situação económica e financeira do país. Resolveu preservar a estabilidade como um fim em si mesmo. E eu, a partir do momento em que ele não demitiu o governo na altura da demissão do Paulo Portas, passei a achar - a partir das evidências - que Cavaco Silva se colou de forma excessiva ao governo, o que é negativo. Na opinião pública, eu sinto isso. Cavaco Silva teve um grau de adesão alargado na opinião pública portuguesa e, a partir daquele momento, começou a resvalar. As pessoas identificam-no completamente com a estratégia de Pedro Passos Coelho.  

* Excertos de entrevista ao "i"


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