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Autarca francês recusa
funeral a bebé cigana
A polémica instalou-se em França quando um autarca recusou aos familiares de uma bebé de etnia cigana que morreu inesperadamente autorização para a enterrarem na sua cidade
A criança, de cerca de 3 meses, morreu a 26 de dezembro, vítima
de síndrome de morte súbita, e só amanhã, 10 dias depois, vai a
enterrar em Wissous, a sul de Paris, depois de o presidente da câmara
de Champlan, onde a família vive num acampamento, ter recusado o funeral
na sua cidade.
"Não hesitei um segundo", garante o autarca de Wissous, Richard Trinquier, que considera que não providenciar uma sepultura à criança, que morreu no hospital, é "humanamente impensável".
A notícia que a cidade de Champlan tinha recusado o funeral provocou uma onda de indignação, sobretudo entre as associações humanitárias que ajudam os cerca de 20 mil ciganos em França.
Ao Le Parisien, o presidente da autarquia de Champlan, Christian Leclerc, explicou que a prioridade para os poucos espaços livres no cemitério vai para os que pagam impostos.
Interpelado pela France Press, este fim-de-semana, Leclerc recusou fazer declarações.
França tem uma das políticas mais duras da Europa contra os imigrantes de etnia cigana, cujos campos são constantemente desmantelados e os seus moradores deportados aos milhares anualmente.
* Em poucos dias esta é a segunda notícia sobre as características xenófobas de muitos franceses, a par da grande arrogância que manifestam. Ainda não nos esquecemos como nos idos de 50 os emigrantes portugueses eram tratados nos bidonvilles, não havia "ami miterrand" que lhes valesse.
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