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Desemprego sobe há três meses seguidos
O desemprego continua a recuar face a 2014, mas registou em outubro a terceira subida mensal consecutiva, algo que não tem paralelo com a evolução observada no ano passado. - See more at: http://www.dinheirovivo.pt/economia/desemprego-sobe-ha-tres-meses-seguidos/#sthash.6DAklnq5.dpuf
De acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de outubro estavam registadas nos centros de emprego 542 030 desempregados. São mais 3317 do que em setembro.
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O ciclo de subidas mensais começou em agosto, mês em que é habitual observar-se um acréscimo dos desempregados face a julho devido ao movimento dos estudantes do ensino superior que concluem a sua formação e se inscrevem nos centros de emprego. Mas os dados mostram que em setembro o desemprego avançou mais 0,4% face ao mês anterior e que agora registou novo acréscimo, de 0,6%. Em 2014, os dados assinalam descidas consecutivas ao longo de quase todo o ano, apenas pontualmente interrompidas (o que aconteceu em janeiro, agosto e dezembro).
Na comparação homóloga, os 542 030 desempregados inscritos em outubro correspondem a uma descida de 10,5%, o que significa que naquele mês os centros de emprego tinham menos 92 144 pessoas sem trabalho do que um ano antes. Esta descida verificou-se em todos os níveis de instrução, mas de forma mais significativa entre os que têm apenas o 1.º ciclo do ensino básico. Esta situação pode ser parcialmente explicada pelo facto de estas pessoas – que foram das mais afetadas pelo desemprego e que são das que revelam maiores dificuldades em conseguir um novo emprego – terem esgotado o seu subsídio de desemprego e perdido o interesse em manter a inscrição no centro de emprego.
O número de desempregados inscritos recuou em todas as regiões do país face a outubro de 2014, tendo esta descida sido mais acentuada no Algarve (-13,3%). Esta região volta a destacar-se na comparação mensal, mas desta vez pela negativa já que é aquela onde o desemprego mais subiu face a setembro (16,8%).
Na evolução mensal, os dados mostram uma subida em quase todas as regiões. As únicas exceções foram os Açores e o Norte – sendo aqui que se concentram 42,5% dos inscritos. De acordo com o IEFP, as ofertas de emprego recebidas durante o mês de outubro totalizaram 16 166: superam em 905 as do mês homólogo, mas são menos 837 do que em setembro.
O fim de trabalho não permanente (contratos a prazo) continua a ser o principal motivo de desemprego. Outubro não foi exceção: das 66 995 pessoas que ao longo deste mês se inscreveram nos centro de emprego do continente, 28 180 fizeram-no na sequência de fim do contrato a prazo.
* O desemprego ainda não desceu abaixo dos 20%, esta é a verdade se se tiver a coragem de incluir toda a gente deste país que não consegue arranjar trabalho. A "ingenharia" congeminada de eliminar bolsas de pessoas que já desistiram da "desajuda" estatal preverte os números apresentados.
Aos "empreendedores" nacionais convém a apresentação destes números porque dá a ideia de que estão a potenciar o mercado de emprego quando na verdade estão a multiplicar exponencialmente a precaridade laboral.
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