01/06/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO ECONÓMICO"

Angola de "porta aberta" para cooperação com Portugal na construção naval

O Governo angolano não exclui a possibilidade de cooperar com Portugal no âmbito da construção naval, numa altura em que se procuram estreitar relações entre os dois países ao nível da Defesa.
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Nas declarações após a assinatura de um protocolo de colaboração na área do ensino e formação militar, o ministro da Defesa angolano, João Lourenço, não excluiu a possibilidade de uma maior cooperação na construção e reparação naval.

Questionado pelos jornalistas, João Lourenço afirmou que entre as prioridades está a "área da construção naval e da segurança no geral", o que engloba uma componente onde "se pode ver a possibilidade de reparação naval". Embora neste momento não existam negociações, "é uma possibilidade que está em aberto. Não se fecha porta nenhuma a esta cooperação".

Também José Pedro Aguiar-Branco, ministro da Defesa português, revelou que, na reunião bilateral entre os dois ministros, foram trocadas "impressões quanto ao desenvolvimento de acções ao nível das indústrias de Defesa, nomeadamente na sua componente naval, no que diz respeito à construção e reparação naval", numa lógica de procurar "intensificar relações entre Portugal e Angola".

A Marinha angolana assinou recentemente um contrato de compra de navios patrulha oceânica (NPPO) com um grupo brasileiro mas os estaleiros portugueses podem representar uma mais-valia no que diz respeito à reparação. Não só as empresas que estão na esfera da Empordef, ‘holding' que agrega as indústrias da Defesa, como o Arsenal do Alfeite ou os Estaleiros Navais de Peniche - que integram a comitiva que acompanha o ministro na deslocação a Angola - como a própria WestSea, da Martifer, que já tem presença em Angola.

O ministro viaja com uma delegação de oito empresas portuguesas na área da Defesa, acompanhadas pela IdD, que estão em Angola para estabelecer contactos e procurar negócios.

Já o protocolo de cooperação assinado hoje é um reforço da cooperação já existente entre os dois países, referiu o ministro da Defesa angolano. Aguiar-Branco frisou que "o protocolo reforça não só a cooperação técnica e militar mas também do ensino e formação militar entre os dois países, intensificando-a".

Portugal vai receber este ano um total de 120 militares, sendo que a maior parte chegarão em Setembro, para o novo ano lectivo. Entre 1990 e 2014 Portugal recebeu 830 militares, ou seja, cerca de 50 a 60 por ano em média.

Além do protocolo e dos contactos estabelecidos relativamente às indústrias da Defesa os dois ministros fizeram uma análise da situação internacional, "nomeadamente sobre o que tem a ver com o terrorismo e segurança marítima". Foram referidas sobretudo as necessidades de segurança no Golfo da Guiné, onde se pode estreitar esta colaboração.

* Ficamos agoniados com notícias sobre a "cooperação" luso angolana, "as portas abertas" de Angola têm grandes sorvedouros para sugar o que resta de Portugal. Brilham as alvíssaras!

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