19/05/2015

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HOJE NO
 "DIÁRIO ECONÓMICO"


Directores de recursos humanos criticam
. Governo no combate ao desemprego

Burocracia excessiva é a razão mais apontada pelas empresas para não recorrerem às medidas de apoio à contratação de novos colaboradores.

Numa escala de zero a 20, os directores de Recursos Humanos avaliam com 8,9 o desempenho do actual Governo no que toca ao combate ao desemprego de longa duração. Esta é uma das principais conclusões do barómetro Kaizen/RH Magazine, um barómetro semestral que avalia temáticas com impacto directo na área de gestão de Recursos Humanos.
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O ESGAR DA INTELIGÊNCIA
Numa perspectiva global, o Executivo de Passos Coelho passa à tangente nesta avaliação feita por mais de meia centena de responsáveis dos departamentos de recursos humanos de empresas nacionais de referência, com 10,3 valores para o estímulo ao empreendedorismo, 10,7 para o combate ao desemprego jovem e 11,2 para a criação de incentivos à contratação.

E as perspectivas relativamente à evolução do emprego para 2015 não são muito mais animadoras: 49% do painel acredita na diminuição da taxa de desemprego, mas uma grande parte (40%) prevê a estabilização desta variável, enquanto 11% se mostra pessimista, prevendo que a taxa de desemprego suba ao longo deste ano. Quando questionados sobre se a sua empresa recorre a medidas de apoio ao financiamento para a integração de novos colaboradores, 62% responde positivamente. Dos restante 38% que dizem não apostar nessas medidas, ainda que saibam da sua existência, metade considera que estes são processos excessivamente burocráticos e 30% afirma que estas medidas não se enquadram nas suas necessidades.

As únicas boas notícias são que os responsáveis de recursos humanos acreditam que a motivação dos trabalhadores está a subir. E o barómetro Kaizen/RH Magazine mostra isso mesmo: numa escala de zero a 20, os directores de RH dão nota 12,2 à motivação dos trabalhadores, o que reflecte uma tendência de crescimento desta variável, relativamente à primeira edição do barómetro, realizada há um ano, quando esta nota era de menos cinco décimas.

O estudo da Kaizen/RH Magazine aproveitou ainda para analisar a opinião dos inquiridos sobre uma lei que o executivo alemão aprovou recentemente e que estabelece um mínimo de 30% de mulheres na composição dos conselhos de administração das empresas privadas. Questionados sobre se concordam com a instituição de uma medida semelhante em Portugal, 64% discorda, argumentando que a lei não deve condicionar a escolha de quem ocupa os cargos de topo nas empresas. Os que responderam positivamente (36%) consideram que se trata de um passo importante para a igualdade de géneros no mundo do trabalho.

Este é um barómetro realizado semestralmente, com o objectivo de estudar temáticas com impacto directo na área da gestão de recursos humanos, a partir de abordagens a diferentes entidades a operar no mercado nacional, como a Colpe, Centro Hospitalar de Porto, Santander Totta ou Cerealis. O barómetro contempla uma pergunta fixa e três questões que variam de acordo com a actualidade, com o objectivo de obter uma análise, quer a partir de uma perspectiva interna das organizações, quer ao nível do impacto que os factores externos possam ter no clima organizacional.

* Está difícil para o sr. ministro da tutela recrutar esforços para conseguir ser mais incompetente.


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