HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Contratação polémica faz regressar mal-estar ao Banco de Portugal
Uma empresa unipessoal de um conhecido de
um vice-governador do banco central português foi contratada por ajuste
directo para assessorar em duplicado o dossier BES.
A TC Capital, boutique financeira unipessoal de Phillipe
Sacerdot, antigo director-adjunto para a área da banca de investimento
no banco suíço UBS, foi contratada pelo Banco de Portugal para "prestar
serviços de assessoria sénior para o projecto Hermes", nome de código
para o dossier da resolução do BES e da venda do Novo Banco.
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Segundo noticia a TSF, o contrato fixa uma remuneração mensal de 30
mil euros e um prémio de sucesso ('success fee') de 500 mil a atribuir à
TC Capital, num contrato assinado pelos vice-presidentes do banco
central português, António Varela e José Ramalho. O primeiro cruzou-se
com Phillipe Sacerdot no banco UBS, uma vez que era representante da
instituição suíça em Portugal entre 2000 e 2009.
O caso levantou grande polémica no interior do Banco de Portugal,
adianta a TSF, dado que a TC Capital foi contratada numa altura em que o
grosso da crise no BES já tinha passado e o BPN Paribas já estava a
assessorar o banco na gestão daquele delicado dossier. Por outro lado, a
empresa foi contratada por ajuste directo.
O caso pode ser mais um item a levar em conta pelo Governo de
Passos Coelho, numa altura em que o executivo está a poucos dias de ter
de tomar uma decisão sobre novo mandato à frente do Banco de Portugal.
Neste momento, a permanência do Governador Carlos Costa à frente da
instituição continua a ser uma incógnita - mas mais um caso polémico
saído do interior do próprio regulador não deverá favorecer o actual
elenco da administração.
* Quando nepotismo emana do BdP, que esperar dos conluios dos políticos.
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