HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Santoro:
"Esta OPA sobre o BPI está ligada à máquina"
Mário Silva, presidente do conselho de
administração da Santoro, considera que o adiamento da votação da
desblindagem dos estatutos do BPI "é uma derrota" para o próprio banco e
garante que, no actual quadro, não é possível qualquer entendimento com
o CaixaBank.
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"Não consigo entender o adiamento porque esta OPA está ligada à máquina", afirmou Mário Silva ao Negócios. Os accionistas do BPI
estiveram esta quarta-feira, 29 de Abril, reunidos em Serralves, no
Porto, tendo decidido adiar para 17 de Junho a desblindagem dos
estatutos, na sequência de garantias dadas pelos gestores do CaixaBank
que, nessa ocasião, a oferta pública de aquisição (OPA) estaria
registada e todos os pormenores seriam conhecidos.
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A Santoro, ‘holding’ detida por Isabel dos Santos, tem 18,6% do
capital do BPI, uma posição que lhe permite vetar a OPA do grupo
catalão.
Segundo Mário Silva, o "protelamento" da decisão apenas contribui
para limitar a gestão do BPI, numa "conjuntura difícil", em que é
preciso tomar decisões, impedido que a gestão do banco se "concentre no
futuro. Segundo o representante de Isabel dos Santos no BPI, o futuro do
banco liderado por Fernando Ulrich "passa pela consolidação". A Santoro
tem defendido um cenário de fusão entre o BPI e o BCP, uma possibilidade que este último banco já se mostrou disponível para estudar.
No actual quadro, Mário Silva rejeita a possibilidade de existir
qualquer tipo de entendimento com o CaixaBank, que detém 44,1% do grupo.
"Nos termos em que a OPA foi colocada não é possível" sublinha,
classificando a OPA do CaixaBank como "algo do passado". Questionado
sobre a possibilidade da Santoro rever a sua posição, caso o CaixaBank
aumenta a oferta, Mário Silva responde: "não vou comentar cenários".
Mário Silva enfatiza a ideia de que a posição da Santoro no BPI é
"absolutamente estratégica" e tem um "cariz estrutural". "Estamos
comprometidos com o sucesso do banco" reforçou o gestor. "Trouxemos para
cima da mesa uma alternativa, a fusão, que acreditamos ser a melhor e
aquela que mais valor coloca para os accionistas", argumenta Mário
Silva.
Na assembleia geral esteve representado 80,52% do capital do banco,
uma percentagem que é detida por 149 accionistas. O adiamento da votação
da desblindagem dos estatutos foi aprovada por 54,7% dos votos
expressos. A Santoro votou contra esta proposta, apresentada por Artur
Santos Silva, ‘chairman’ do BPI.
* A "moreia" Santos prepara o assalto, desejamos que Artur Santos Silva não caia na esparrela.
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