30/03/2015

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HOJE NO 
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Eleições no ACP impugnadas pela
 Lista A e apresentada queixa-crime

Nas eleições (marcadas para 30 de Abril) para os órgãos sociais do ACP concorrem duas listas, a A e a B, de Carlos Barbosa, que lidera o ACP há mais de uma década

Uma das listas candidata à direção do Automóvel Club de Portugal (ACP) impugnou hoje o processo eleitoral e apresentou uma queixa-crime na justiça, devido a irregularidades que a atual direção reconheceu existirem, mas que terão sido sanadas. 
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O pedido de impugnação junto do ACP e a queixa-crime entregue no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa foram feitos pela lista A, liderada por António Raposo Magalhães, que invoca irregularidades nos boletins de voto. 

A lista A explica, em comunicado, que a revista mensal da associação incluia no último número, como em eleições anteriores, um invólucro com os respetivos boletins de voto associados a cada lista concorrente. E acrescenta que foram detetados “em muitos casos” apenas boletins de voto afetos a uma só lista. 

A lista A lamenta a “falta de rigor e profissionalismo” que deu origem à situação e fala de factos “muitíssimos graves” que determinam “de forma irreversível e imediata a anulação ou declaração de nulidade de todos os atos praticados até ao momento no procedimento eleitoral”. 

Nas eleições (marcadas para 30 de Abril) para os órgãos sociais do ACP concorrem duas listas, a A e a B, de Carlos Barbosa, que lidera o ACP há mais de uma década. 

Carlos Barbosa explicou à Lusa que o processo de inserir os envelopes na revista é feito por uma empresa externa e que os casos que tinham sido identificados tinham sido resolvidos. Terão sido, disse, um envelope com dois boletins da lista A, um com dois da lista B e um sem envelope. 

“Falámos com os sócios e enviámos novos por correio expresso”, disse, acrescentando que “em todas as eleições há casos destes”. 

Na página da internet do ACP um comunicado explica que a inserção dos vários elementos que compõem o pacote eleitoral é mecânica, porque só assim é possível enviar 192.033 pacotes, e que chegou ao conhecimento da Comissão Eleitoral quatro casos de receção de boletins de voto em duplicado, quer da lista A quer da lista B. 

A lista A justifica a queixa no DIAP por considerar, diz também o comunicado, que os factos “têm a potencialidade de possuírem origem ou natureza criminosa, nomeadamente de fraude eleitoral”.
Também à Lusa o candidato da lista A disse que teve conhecimento das irregularidades no sábado e que 24 horas depois o ACP ainda não lhe tinha dado conhecimento, frisando que o problema “não se resolve à porta fechada e ocultando as notícias”. 

António Raposo Magalhães, diz-se ainda na nota, quer ter acesso a todos os atos relacionados com o processo eleitoral, sejam ou não praticados nas instalações do ACP e por funcionários da associação ou de outras entidades. 

* Poupem o ACP de poucas vergonhas. Os sócios não querem o contágio do "GES".


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