HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Famílias e empresas já pagaram 30 mil
. milhões em impostos este ano
Até Outubro os cofres públicos continuam a
arrecadar impostos a um ritmo que supera as previsões. Este ano o
Ministério das Finanças já arrecadou quase 17% do PIB em tributos.
Receita de IRC em queda.
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Entre Janeiro e Outubro a receita
líquida de impostos arrecadada pelo Ministério das Finanças ultrapassou
os 30 mil milhões de euros, equivalente a qualquer coisa como 17% do PIB
anual. Trata-se de um crescimento de 6,8% em termos homólogos, o que
supera as previsões mais recentes do Governo. Em queda estão o IRC e o imposto de Selo.
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OS PRIMEIROS COVEIROS |
"Entre Janeiro e Outubro de 2014, a receita fiscal líquida acumulada
do Estado ascendeu a 30.282 milhões de euros, o que representa um
crescimento de 6,8% e um aumento da receita fiscal cobrada de cerca de
1.940 milhões de euros face a Outubro de 2013, superando o objectivo de
crescimento previsto na segunda alteração ao Orçamento do Estado para
2014", lê-se num comunicado enviado terça-feira às redacções, que
coincide com a publicação da síntese de execução orçamental mensal.
Segundo o ministério das Finanças, "a receita líquida acumulada dos
impostos indirectos aumentou 5,9% e a receita líquida acumulada dos
impostos directos cresceu 7,9%, em termos homólogos", especificando um
desempenho especialmente positivo no IVA e no IRS: "a receita líquida acumulada em sede de IVA cresceu 7,2% e a receita líquida do IRS
cresceu 10,8% face a igual período de 2013", continua a mesma nota,
onde se sublinha que "em conjunto, a receita de IVA e IRS superam em
1.780 milhões de euros a receita cobrada até ao mesmo período de 2013, o
que corresponde a um crescimento global destes dois impostos de 8,9%".
Segundo o Executivo "esta melhoria evidencia a recuperação da
actividade económica e a crescente eficácia das novas medidas de combate
à evasão fiscal e à economia paralela no IVA e no IRS".
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OS COVEIROS ACTUAIS |
O comunicado o Governo é omisso sobre a evolução da receita de IRC, o
terceiro maior imposto, que, revela a mesma síntese de execução
orçamental, caiu 3,9% em termos homólogos, agravando a queda de 2,5%
regista até Setembro. Este evolução acontece mesmo contexto de
recuperação económica e reforço ao combata à fraude.
Na síntese de execução, a Direcção-geral do Orçamento justifica a
queda com o crédito fiscal ao investimento concedido em 2013, mas que
teve impacto na receita deste ano: "Refira-se no entanto que a receita
do IRC até Outubro já absorveu o impacto orçamental do Crédito Fiscal
Extraordinário ao Investimento, pelo que, sem esse efeito, a receita de
IRC estaria a crescer 2,2%". Ainda assim um valor distante do registado
nos restantes impostos.
Além dos impostos directos e indirectos, as empresas e famílias
suportaram ainda 11,2 mil milhões de euros em contribuições para a
segurança social entre Janeiro e Outubro, um aumento de 3,3% em termos
homólogos, e que aumenta o peso total da carga fiscal nos primeiros dez
meses do ano para lá dos 41 mil milhões de euros.
* Eis o resultado do assalto fiscal provocado pela incúria governativa, se houvesse justiça os políticos autores deste descalabro financeiro deviam ser responsabilizados judicialmente.
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