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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Madrid admite suspender autonomia
da Catalunha para evitar referendo
O ministro das Finanças de Espanha admitiu a
possibilidade de suspensão da autonomia da comunidade da Catalunha por
forma a evitar a realização do referendo à independência marcado para o
dia 9 de Novembro. Margallo assegurou que o Governo “utilizará todos os
meios para evitar a consulta”.
.
Os ventos independentistas que sopram
um pouco por toda a Europa provocam tensão em algumas das principais
capitais do Velho Continente. A dois dias da realização do referendo que
pode ditar a saída da Escócia do Reino Unido, o Governo espanhol veio
admitir a possibilidade de suspensão ou retirada da condição autónoma à
comunidade da Catalunha por forma a evitar a consulta popular sobre a
independência da autonomia mais rica de Espanha.
Foi o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García-Margallo, a revelar esta terça-feira, 16 de Setembro, que "o Governo utilizará todos os meios ao seu alcance, absolutamente todos, incluindo tudo o que haja a considerar, para evitar a consulta".
Num pequeno-almoço organizado pelo Fórum Europa Press, em Madrid, Margallo tornou-se, segundo o El Mundo, no primeiro membro do Governo liderado por Mariano Rajoy a admitir o recurso ao artigo 155 da Constituição espanhola. Que, levado até às últimas instâncias, pode mesmo determinar a suspensão da autonomia da Catalunha, evitando desta forma a realização do referendo popular, marcado para o dia 9 de Novembro, sobre a independência da região.
"Apenas a lei, mas toda a lei", sublinhou Margallo garantindo que o recurso ao referido artigo constitucional seria sempre um último recurso, notando porém que "ele existe". "Dentro do âmbito da Constituição e das leis tudo é possível, mas fora fora da jurisdição da Constituição e das leis nada é possível", concluiu.
Ainda assim, independentemente daquilo que o futuro venha a ditar, o governante lembrou, citado pelo El País, que "em política e na vida não há situações irreversíveis", aproveitando ainda para desmentir qualquer recurso à via militar para impedir o referendo marcado por Artur Mas, presidente da Catalunha.
Oposição catalã oferece apoio a Mas
O presidente da Esquerra Republicana, Oriol Junqueras, da oposição ao Governo da Generalitat da Catalunha, liderado por Artur Mas, em resposta às autoridades de Madrid ofereceu o seu apoio tendo em vista a concretização do referendo no próximo dia 9 de Novembro.
Junqueras disse estar disponível para entrar no Governo de Mas para assim blindar a consulta popular. "Se o Governo nos chamar, entraremos no Governo", lê-se no El País, que cita Oriol Junqueras.
Esta disponibilidade demonstrada pela oposição surge numa altura em que o Governo de Mas sofre a possibilidade de impugnação devido ao caso Pujol, o que levou mesmo o líder do Governo da Catalunha a considerar a realização de eleições antecipadas legitimando assim a consulta popular, cuja legitimidade pode estar em causa devido à referida impugnação do seu Executivo autónomo.
Do lado de Madrid percebe-se um discurso algo temerário face aos sentimentos independentistas em regiões como a Crimeia, o leste da Ucrânia ou a Escócia.
Quando se aproxima o referendo escocês, o responsável pelos assuntos externos espanhóis não teve pejo em assumir posição, considerando que a hipotética independência escocesa seria "muito má" para Espanha, para o Reino Unido e para a União Europeia (UE). "A divisão de um Estado-membro da UE seria um precedente péssimo", apontou Margallo que alertou para os perigos de uma "fragmentação balcânica" no seio da UE.
* Quente já está, mas pode ferver
Foi o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García-Margallo, a revelar esta terça-feira, 16 de Setembro, que "o Governo utilizará todos os meios ao seu alcance, absolutamente todos, incluindo tudo o que haja a considerar, para evitar a consulta".
Num pequeno-almoço organizado pelo Fórum Europa Press, em Madrid, Margallo tornou-se, segundo o El Mundo, no primeiro membro do Governo liderado por Mariano Rajoy a admitir o recurso ao artigo 155 da Constituição espanhola. Que, levado até às últimas instâncias, pode mesmo determinar a suspensão da autonomia da Catalunha, evitando desta forma a realização do referendo popular, marcado para o dia 9 de Novembro, sobre a independência da região.
"Apenas a lei, mas toda a lei", sublinhou Margallo garantindo que o recurso ao referido artigo constitucional seria sempre um último recurso, notando porém que "ele existe". "Dentro do âmbito da Constituição e das leis tudo é possível, mas fora fora da jurisdição da Constituição e das leis nada é possível", concluiu.
Ainda assim, independentemente daquilo que o futuro venha a ditar, o governante lembrou, citado pelo El País, que "em política e na vida não há situações irreversíveis", aproveitando ainda para desmentir qualquer recurso à via militar para impedir o referendo marcado por Artur Mas, presidente da Catalunha.
Oposição catalã oferece apoio a Mas
O presidente da Esquerra Republicana, Oriol Junqueras, da oposição ao Governo da Generalitat da Catalunha, liderado por Artur Mas, em resposta às autoridades de Madrid ofereceu o seu apoio tendo em vista a concretização do referendo no próximo dia 9 de Novembro.
Junqueras disse estar disponível para entrar no Governo de Mas para assim blindar a consulta popular. "Se o Governo nos chamar, entraremos no Governo", lê-se no El País, que cita Oriol Junqueras.
Esta disponibilidade demonstrada pela oposição surge numa altura em que o Governo de Mas sofre a possibilidade de impugnação devido ao caso Pujol, o que levou mesmo o líder do Governo da Catalunha a considerar a realização de eleições antecipadas legitimando assim a consulta popular, cuja legitimidade pode estar em causa devido à referida impugnação do seu Executivo autónomo.
Do lado de Madrid percebe-se um discurso algo temerário face aos sentimentos independentistas em regiões como a Crimeia, o leste da Ucrânia ou a Escócia.
Quando se aproxima o referendo escocês, o responsável pelos assuntos externos espanhóis não teve pejo em assumir posição, considerando que a hipotética independência escocesa seria "muito má" para Espanha, para o Reino Unido e para a União Europeia (UE). "A divisão de um Estado-membro da UE seria um precedente péssimo", apontou Margallo que alertou para os perigos de uma "fragmentação balcânica" no seio da UE.
* Quente já está, mas pode ferver
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